sábado, 26 de março de 2016

Dado aponta falta de tranquilidade por empate e reconhece má fase do time

Mais uma vez o Paysandu terminou uma partida com o empate em 1 a 1 no placar. Contra o Fast, o resultado foi muito aquém do esperado para o Alviceleste, principalmente pela disparidade técnica e financeira entre os clubes. No desembarque do Papão em Belém, Dado Cavalcanti avaliou a atuação de seus comandados na partida. Sereno, porém consciente, ele afirmou que o ataque precisa aumentar o aproveitamento das chances criadas ao longo dos jogos.
– O resultado não foi justo. Acho que faltou um pouco de tranquilidade nas finalizações. Nós produzimos demais, estávamos um pouco ansiosos, principalmente depois que tomamos o gol. Acabou que a gente não conseguiu a competência necessária para conseguir uma vantagem maior, não conseguimos a vitória. Nós pressionamos, tivemos muitas oportunidades. Faltou só um pouco de tranquilidade. A gente sabe que no jogo de domingo, em casa, a gente tem as condições de ter um pouco mais de consistência, principalmente nessa parte ofensiva, para converter em gols aquilo que a gente vem produzindo – explicou o técnico bicolor.
Apesar de estar invicto desde o dia 10 de novembro, o Paysandu vem de cinco empates consecutivos. A última vitória ocorreu no dia 21 de fevereiro, contra o Tapajós, pelo Campeonato Paraense. Apesar dos números não serem desfavoráveis, Dado reconhece que o time não vive boa fase.
– Quando a gente passa por um momento de instabilidade a gente sempre procura trabalhar mais e falar menos. Nós vencemos o jogo contra o Águia, mas infelizmente hoje esse jogo não contabiliza para a sequência dos campeonatos que estamos jogando, mas está no meio desses empates. A gente sabe que a atuação ontem foi boa, mas faltou alguma coisa. A gente sabe que está faltando alguma coisa. Todos os jogadores sabem, internamente todos sabem que falta algumas coisa. Acho que o mais importante é reconhecer que esse é um momento ruim que nós estamos vivendo, mas também não é nada de outro mundo – ponderou, com o tom tranquilo que lhe é característico.
Dado ainda afirmou que vem sentindo uma resposta do grupo e, apesar de precisar apenas de mais um empate no próximo domingo para avançar na Copa Verde, conta com uma vitória para espantar a desconfiança.
– Mesmo com todas as dificuldades que estamos passando, pelo o que estamos oscilando, a nossa equipe mantém essa invencibilidade. À medida que o tempo passa a gente vai entendendo o que está acontecendo, sabe que mais cedo ou mais tarde a vitória vai vir e, domingo, acho que com uma forma de jogar mais consistente e agressiva teremos todas as condições de ganhar, classificar para a próxima fase da Copa Verde e poder ter mais tranquilidade, como nós tínhamos no início do campeonato. Nós trouxemos uma vantagem de Manaus. Essa vantagem poderia ser maior, pelo que apresentamos e pelo que deveríamos ter feito, mas nós vamos buscar a vitória. Todo o jogador que vai jogador domingo vai estrar convicto de que vai fazer o melhor para vencer e trazer a vitória de volta – pontuou Dado Cavalcanti.
**Fonte GloboEsporte/PA

Um comentário:

  1. “O resultado não foi justo”, tem toda razão o treinador Dado Cavalcanti, porém, em geral, saber que foi injusto, consola muito pouco quando um está arcando com o ônus da injustiça sofrida, isso não vale só no futebol. Pra animar ainda mais, uma máxima popular afirma que: “O mundo não é justo!” Eu acrescento: O futebol, muito menos! No Brasil, o torcedor é mal-educado, não contextualiza, reduzindo tudo ao resultado. A maior parte da mídia contribui para isso, com suas manipulações segundo seus próprios interesses ou os interesses do mercado. Por um lado, eles atiçam, sem se importar em destruir trabalhos e pessoas (um exemplo notório, o goleiro Barbosa da seleção brasileira, demonizado pela imprensa, viveu o resto da vida e levou pra sepultura esse sentimento) mas pelo outro lado, ao mesmo tempo, criticam, (só pelo sensacionalismo, só para dar uma versão qualquer ou preencher uma folha de jornal), a falta de qualidade. Resultado: fomentam a cultura da troca de treinador, da contratação bombástica (eles adoram isso), estimulam o futebol do resultado, do jogo para não perder, etc. Indiretamente, tudo isso repercute numa falta de paciência com as categorias de base. O Paysandu Esporte Clube tem Pablo, jogador da base, desde 2012 nos profissionais. Hoje é um zagueiro que inspira confiança. Foram 5 anos de espera! O torcedor esclarecido, que ama o Papão, tem de começar a incluir a categoria tempo. Tudo tem seu tempo, sobretudo, qualidade! O resto é trabalhar muito e falar pouco como disse Dado Cavalcanti!

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