segunda-feira, 9 de maio de 2011

"Planejamento é brincadeira no clube"

A falta de abertura para o trabalho da imprensa dentro do Paysandu é um reflexo do que acontece no clube administrativamente. Segundo o conselheiro e benemérito bicolor, o advogado Alacir Nahum, que já integrou o departamento jurídico do clube, hoje a maioria dos conselheiros não sabem quem constitui as diretorias dos mais variados quadros do clube. Sobre o jurídico, Nahum diz desconfiar que o departamento foi desintegrado, citando um julgamento à revelia que o clube teve na última semana. "Estamos vendo o mesmo filme se repetindo", alerta.

O episódio envolvendo Sérgio Cosme e um repórter poderia ser a chave para o Paysandu conseguir o que, para grande parcela da torcida, é o ideal: rescindir o contrato de trabalho do técnico aplicando demissão por justa causa, o que eximiria o clube do pagamento da multa rescisória de R$ 100 mil. Para Nahum, que se inclui entre os que esperam a queda do técnico, caso o fato tivesse sido registrado em ocorrência policial, o boletim daria elementos para que o clube dispensasse o técnico sem ônus. "Nos livrariamos desse elemento", diz Nahum, estendendo a insatisfação também à administração do clube.

Segundo o conselheiro, desde que assumiu o seu segundo mandato, as características centralizadoras do presidente bicolor vêm se tornando cada vez mais notórias e, na mesma medida, prejudiciais ao clube. Ele cita, por exemplo, que o Estatuto do Paysandu não vem sendo cumprido. "Desde que assumiu, o presidente deveria entregar, em 40 dias, um relatório com os nomes das várias diretorias do clube. Isso não foi repassado. A maioria, senão a totalidade, dos conselheiros desconhece a composição diretiva do Paysandu", disse. Para exemplificar, ele cita o fato de que o clube foi , na semana passada, julgado à revelia em um processo judicial. "Ou o departamento jurídico já não existe, ou o advogado está dormindo no ponto", acrescentou.

Nahum adiantou que, a partir de hoje, "mesmo com limitações estatutárias", o conselho tentará intervir para cobrar explicações dos casos do técnico e do próprio presidente, a quem critica. "O Paysandu vendeu o Thiago Potiguar e até agora não recebeu nenhum centavo. Isso porque como se trata de uma transação internacional, o Banco Central recebe o dinheiro e passa para o clube. Mas o Paysandu não tem conta bancária. É mais um erro que ele comete por se aventurar em terrenos que desconhece", disse Nahum, ressaltando sua preocupação em ver o Paysandu, mais uma vez, repetir o fracasso na disputa da Série C. "Estamos vendo o mesmo filme se repetindo. Planejamento, no Paysandu, é uma brincadeira."

**Fonte JAmazônia

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