Time bicolor passou sufoco no final, mas empate por 2 a 2 garantiu a equipe na decisão do 1º turno
O equilíbrio entre Paysandu e Paragominas nesta temporada tornou-se evidente ontem, quando os dois times empataram pela terceira vez em três jogos, a segunda por 2 a 2. Porém, o equilíbrio nas semifinais pendia para o Paysandu, que jogava por dois empates e conseguiu a vaga na final do primeiro turno. Essa vantagem do Papão só se repetirá caso o adversário na semifinal seja o Cametá, uma vez que o Remo tem mais pontos que o maior rival na classificação geral do Parazão. A partida de ontem foi marcada mais pelo improviso do que pela técnica, já que o gramado do Mangueirão esteve alagado na maior parte dos 90 minutos.
Poucas pessoas testemunharam a passagem do Paysandu para a final. Com o preço dos ingressos em R$ 30 e R$ 60, para arquibancadas e cadeiras respectivamente, e chuva caindo, pouco menos de sete mil torcedores foram ao estádio. E a chuva, que era fina antes do jogo, se transformou em uma tempestade justamente na hora que o Paysandu subia para o gramado.
Porém, a água do céu não foi um balde de água fria no plano traçado pelo Papão, que era o de entrar com mais atenção e garra do que fizera no primeiro jogo. Mas, com o gramado do estádio Olímpico do Pará em condições lastimáveis, não bastava só aplicação tática e técnica para executar o plano de jogo: era necessária uma grande dose de improviso para jogar futebol. Em vários momentos, o jogo pareceu uma partida de futebol de areia, com os jogadores usando a cavadinha como recurso para trocar passes e avançar para o ataque, já que com poças por todos os lados a bola não rolava.
Percebendo o contexto da partida, o Paysandu priorizou as jogadas aéreas e de bola parada. E foi assim que o time chegou ao primeiro gol: Héverton bateu falta aberta na área, a zaga do Paragominas tentou afastar mas a bola sobrou para Bruninho, que sem deixar cair soltou um belo chute, cruzado, sem chances para Paulo Rafael. O Paragominas, que não conseguia jogar, tentava a sorte com chutões diretos da defesa para o ataque. O mais próximo que chegou do gol de Matheus foi quando Lourinho ajeitou para bater de esquerda, mas seu pé direito acabou tocando a bola, e ele furou o chute.
Na segunda etapa, com chuva fina e o campo um pouco mais seco, o Paragominas decidiu ousar: colocou Caíca em campo na vaga de Adelson, formando o ataque com três homens. Mas as subidas do time acabaram abrindo espaço para o adversário. Em uma bola afastada pela defesa, Héverton cabeceou bem e achou Pikachu. O lateral abriu para Djalma, que usou o espaço na direita para sair em velocidade até a linha de fundo, de onde cruzou para Pikachu, sozinho, completar de voleio para o gol vazio, abrindo 2 a 0.
E se a vantagem do empate era boa, com dois gols de saldo no jogo o Paysandu relaxou. E aí o Paragominas, que parecia também desmotivado, se animou de novo quando Lourinho pegou a bola na entrada da área, passou por dois marcadores e chutou já sem equilíbrio. A bola desviou na zaga e encobriu Matheus, entrando no ângulo. A partir de então o Paragominas teve em Lourinho seu guia para o ataque. E o jogador assustou novamente, driblando dois na área e chutando, mas a zaga desviou para escanteio.
Esta foi a última contribuição do jogador, que deu lugar a Lucas Sheldon. O substituto também entrou ligado e na cobrança de escanteio assustou. Mas seria uma bola parada que colocaria fogo no jogo novamente. Diego Carioca cobrou forte e rasteiro uma falta e Matheus não conseguiu segurar, batendo roupa. A zaga do Paysandu dormiu e Lucas Sheldon completou para o gol, já aos 41 minutos.
O Jacaré então iniciou uma pressão sobre o adversário que só terminou quando o juiz soprou o apito pela última vez.
**Fonte JAmazonia
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