Compasso de espera

Negativa de Mazola travou planejamento do Paysandu, que agora tenta se reorganizar para 2015

A diretoria do Paysandu imaginou que fecharia a semana com um treinador definido e alinhavado acertos com jogadores considerados importantes. Mas as negociações travaram visando à temporada 2015. E o planejamento está em compasso de espera. Não é o cenário ideal para quem ressurgirá disputando competições valorizadas e, naturalmente, difíceis.  

O momento da preparação causa aflição, sobretudo, diante dos desafios para o ano que vem. O Papão tentará se manter na Série B do Campeonato Brasileiro e lutará pela conquista do Campeonato Paraense e da Copa Verde. Paralelamente, ainda mira uma participação honrosa na Copa do Brasil. A temporada começa, oficialmente, em fevereiro, e o grupo se representará dia cinco de janeiro.

E os quatro objetivos demandam, inevitavelmente, um time e um plantel competitivo. E o ideal seria que um planejamento já estivesse em vento e polpa. Naturalmente, contratos e pré-contratos são assinados no mês de dezembro. Perder tempo é uma expressão descartada pela administração bicolor.    

Porém, surpresas de última hora prejudicaram a formatação do elenco. O primeiro golpe viria com o fato de Mazola Júnior ter declinado a proposta feita pela cúpula de futebol. O Paysandu ficou sem treinador e o pior: sem sequer um plano B. Horas depois, se não bastasse, o zagueiro Charles e seus representantes indicaram um acerto, embora não confirmado, com o Ceará-CE. São problemas representativos e que carecem de solução imediatamente.        

Administrativamente, o barco bicolor já está sendo tocado pelo presidente eleito, Alberto Maia. O presidente atual do clube, Vandick Lima, já saiu de cena. Maia foi eleito sucessor de Vandick em um pleito onde a chapa “Novos Rumos” foi aclamada e tida como uma administradora moderna e eficaz. O lema é não ordenar custos exagerados e gerar dívidas.

O problema é que a limitação de ordem financeira causa medidas antipáticas, como a dificuldade para manter atletas valorizados e, de quebra, contratar reforços. Há, pelo menos, quatro desafios iminentes da diretoria bicolor, já pressionada.     

45ª COPA SÃO PAULO DE FUTEBOL JÚNIOR

1 – A pressa para definir 

      um treinador

Até o fechamento desta edição, o Paysandu já havia listado treinadores para a temporada 2015 e estava iniciando as conversas. Mas não havia pressa para definir o comandante. Projetou-se apenas o perfil do futuro comandante. Sem o responsável pela comissão técnica, vários assuntos do departamento de futebol profissional ficam paralisados. E mesmo se tiver definido um treinador, naturalmente, ele teria que ter um tempo para conhecer o clube e a força e deficiência do plantel já disponível.

2 – Contratação de reforços

O Paysandu tem departamento de análise técnica, com a supervisão de Sérgio Papelin, executivo de futebol contratado para monitorar atletas, possivelmente alvos de sondagens. No entanto, na estrutura do clube, quem costumar dar a palavra final para indicar reforços é o próprio treinador. Sem o técnico, a aquisição de novos jogadores fica, em parte, suspensa.   

3 – Acerto somente com 

      dois jogadores

O Papão mirou a manutenção dos zagueiros Lombardi e Charles, além da prorrogação contratual de Augusto Recife e dos atacantes Bruno Veiga e Ruan. A tesoura foi rigorosa e cortou vários jogadores estrangeiros. Porém, o fato é que apenas um dos cinco jogadores está confirmado. Augusto Recife já anunciou que volta. Charles ainda resolve o seu destino: Paysandu ou Ceará-CE. Os demais seguem negociando. Em geral, os jogadores propuseram salários tidos como altos e a diretoria tenta diminuir a pedida. E a negociação segue sem definição.

 4 – Esperando definição

Prioritariamente, emergem as situações do treinador e de alguns jogadores principais. Diante desta situação, o caso de alguns outros atletas, por exemplo do goleiro Paulo Rafael e do volante Ricardo Capanema, não são solucionados. Eles foram indicados como integrantes do plantel, que precisará ser vasto. Foram procurados para negociar, mas sem definição pública. A demora também prejudica a formatação do elenco.

**Fonte JAmazonia