Depois de um primeiro tempo ruim, Dado Cavalcanti afirma que empate aconteceu após “encaixe tático”
O treinador do Paysandu, Dado Cavalcanti, foi elétrico na beira do gramado do estádio da Colina durante os 90 minutos e mais os acréscimos da partida contra o Nacional-AM. A postura é uma característica do seu perfil, como já ficou evidente em jogos anteriores. Mas ele podia ter tido mais sossego ontem. O time do Paysandu não permitiu isso.
Um primeiro tempo sofrível, de bagunça tática e pouca qualidade técnica, foi retratado pela vitória parcial do Nacional-AM. No intervalo, ao que tudo indica, Dado voltou a ter uma conversa séria com os atletas, exigindo uma reação. Um time de Série B, com folha salarial infinitamente superior ao adversário, tinha que dar a resposta. E assim o fez. Dado alegou que a evolução se deu por uma melhor leitura tática, citando também outro motivo. “Houve encaixe tático, e é lógico que a postura também influenciou. O rendimento melhorou. Igualamos o placar do jogo. Fomos superiores em alguns momentos, e levamos a classificação.”
Sob o comando de Dado Cavalcanti, o Paysandu segue ostentando uma pequena invencibilidade. São quatro jogos, duas vitórias e dois empates. “É positivo, é sempre importante vencer as partidas, seguir invicto. Mas, nesse momento, tem o desgaste e os jogos sucessivos. Vamos precisar da força do grupo, para continuar vencendo e conquistar os objetivos”, frisou Cavalcanti.
Calendário - O Papão joga uma partida, em média, a cada três dias, e por três competições simultâneas: Copa Verde, Campeonato Paraense e Copa do Brasil. No meio da próxima semana, precisamente na quarta-feira, dia 25, será a vez de desafiar o perigoso Independente, em Tucuruí, pelo returno do Parazão. “Não dá para priorizar nenhuma competição. No Estadual, perdemos o primeiro turno, então, temos que nos classificar, fazer os pontos necessários. O momento é de força máxima nas duas competições”, explicou o treinador, referindo-se ao Parazão e Copa Verde. Dado, porém, afirmou que o time titular vai sofrer alterações pontuais. “Não é o que eu quero, agora, não tinha como trazer jogadores que não estivessem 100%. Sou forçado a fazer mudanças, para o Paysandu manter a mesma pegada.”
Sobre o jogo de ontem, o técnico lamentou a contusão de Caio Ribeiro, lateral esquerdo, uma das surpresas na escalação. “Não deu tempo para fazer nenhum tipo de avaliação do jogador. Ele se contundiu rápido; acontece.” Outra opção foi a entrada de Ricardo Capanema no setor de meio-campo, em detrimento ao futebol de Radamés. A explicação foi curta. “Optei pelo Capanema para ganhar na marcação.” O zagueiro Marquinhos também foi barrado, em função do desgaste. “Foram três jogos seguidos dele, talvez Marquinhos não daria 100%. Optei por um jogador que daria 100%, que foi o Dão”.
Bronca - O presidente do Paysandu, Alberto Maia, disparou críticas contra a diretoria do Nacional, acusando-os de omissão. “Lamento. Assistimos ao jogo no meio da torcida adversária. Quando eles voltarem no ano que vem a Belém, vou dar o tratamento que eles nos deram aqui”, disse, revoltado. “Foi um tratamento indigno dado ao Paysandu”, definiu. O estádio da Colina ainda teve cenas lamentáveis já com o apito final do árbitro. “Os torcedores cuspiram nos atletas do Paysandu. Vou fazer uma representação contra o Nacional, na CBF. E volto a dizer: espero que eles estejam na Copa Verde ano que vem, que vão ter o mesmo tratamento”, disparou Maia.
**Fonte JAmazonia
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