Com juros e correção

Papão devolve derrota sofrida para o Bahia e abre grande vantagem para a volta na Copa do Brasil

Quando terminou o primeiro tempo, vaias puniram a atuação ruim do Paysandu. Era inimaginável que o placar terminaria em 3 a 0 a favor dos bicolores, ontem à noite, no estádio Mangueirão. E assim foi. A goleada foi consumada com gols apenas no segundo tempo de Misael, Fahel e Yago Pikachu. O Papão devolveu, com juros e correção monetária, a derrota anterior para Bahia, no Brasileirão. Dessa vez, pela terceira fase da Copa do Brasil. Construiu uma vantagem enorme para a partida de volta, que será na próxima quarta-feira, 22, em Salvador. O Paysandu poderá perder por até dois gols de diferença.

No primeiro tempo, a postura dos donos da casa não agradou. O Paysandu teve dificuldade de articulação, por uma razão simples: a equipe treinou de um jeito e foi para campo de forma diferente. Descobriu-se que o meia Edinho não poderia jogar a Copa do Brasil por já ter atuado na competição. A proibição só chegou à comissão técnica na tarde de ontem. Se não bastasse, o atacante Souza teve febre, foi medicado e garantiu condições clínicas para ir ao jogo. O Papão estava travado, errando, em excesso, saída de bola. Os meias Carlinhos e Carlos Alberto não conseguiram dar a dinâmica necessária para o setor. E os chutões se consumaram. Do banco de reservas, o treinador Dado Cavalcanti orientava, mas, inevitavelmente, balançou a cabeça negativamente várias vezes.

Na etapa final, o Bahia esteve mais acuado, e o Paysandu tentar tomar as rédeas do jogo. A presença de Jhonnatan, que substituiu Carlos Alberto, foi a responsável por uma nova forma dinâmica. Ao invés de atuar pelo meio, congestionado pelo tricolores, o Papão resolveu optar pelas laterais. Principalmente, com Yago Pikachu. O principal jogador do time estava nervoso, porém. Chegou a discutir com um assistente, que não marcou uma falta. Logo depois, Jaílton errou e Jhonnatan, dentro da área, passou para Pikachu. O chute foi prensado e Yago caiu, alegando pênalti. A arbitragem ignorou o lance.

Até que um herói improvável surgiu. Aos 24 minutos.Misael recebeu lançamento e passou por dois marcadores. A finalização foi precisa. Golaço. O atacante, que havia perdido pênalti na partida anterior, contra o Macaé, emocionou-se na comemoração do gol e foi abraçado por quase todos os companheiros. Dois minutos depois, Fahel apareceu, na primeira trave, e cabeceou forte, sem defesa para o goleiro  Douglas Pires. Rapidamente, o Papão construiu uma vantagem interessante.

No entanto, a boa vitória foi ameaçado por um momento de força desproporcional do zagueiro Gualberto. No meio de campo, o defensor fez uma falta e chutou o volante Souza. O juiz não quis conversa e expulsou direto. Dado Cavalcanti pôs Pablo, tirando Souza, para recompor a defesa. Os bicolores priorizaram a defesa. E em um momento de ataque esporádico, Carlinhos tentou o passe e Jaílton cortou a bola. Segundo o árbitro Pathrice Wallace Correa Maia, o zagueiro assim o fez com a ajuda da mão. O árbitro marcou pênalti. Na cobrança, a categoria de Yago Pikachu. Goleiro de um lado, bola do outro. 

**Fonte JAmazonia