Rafael Oliveira é o artilheiro do Brasil. Seu desafio é, agora, terminar o período de competições estaduais nessa condição. Na verdade, são vários desafios. Além de conquistar a artilharia do Parazão, ele tenta se tornar o maior do século. Mais ainda, se manter a excepcional média de quase dois gols por partida (1,83) pode escrever definitivamente o nome na história do campeonato estadual ao se tornar o maior goleador em uma edição da competição - título que perdura há 32 anos, quando o centroavante Bira marcou 23 gols pelo Leão Azul, em 1979.
Dos 19 Estaduais em andamento, o atacante bicolor é o artilheiro com mais gols marcados: 11. Ele é seguido de perto pelo tricolor Fred, no Campeonato Carioca, e Teti (Brusque-SC), no Catarinense, ambos com oito gols. No Parazão, seu principal concorrente é Leandro Cearense, do Cametá, que já marcou sete vezes.
O atacante bicolor comemora e tem consciência de que passa pelo melhor momento de sua curta e conturbada carreira. É a terceira passagem pela Curuzu. "Com certeza é o melhor momento da minha carreira. É o resultado de uma dedicação somente ao trabalho. Tenho que sempre agradecer aos companheiros. A gente sempre quer começar bem, dando o máximo. Mas, não esperava tantos gols nesse início de ano", afirma Rafael.
Os maiores goleadores do Parazão no século 21 são Marclésio em 2008, Robson, em 2007, e Moisés, no ano passado. O primeiro defende o Águia e os dois seguintes pelo Papão. O último grande artilheiro do Pará foi Edil. O Highlander chegou a essa marca em três oportunidades defendendo três camisas diferentes: 24 gols pelo Paysandu em 1992, doze gols pelo Remo em 1997 e 16 gols pelo Castanhal em 2000.
Se não for às finais do segundo turno, Rafael fará ainda, pelo menos, dez jogos. Se não se contundir nem for suspenso, é tempo suficiente para fazer história. Se o Papão garantir presença em todas as decisões nesse Parazão, a quantidade de jogos sobe para 18, três vezes mais do que ele já disputou até agora, o que aumenta essa expectativa ainda mais. Por mais que afirme que o objetivo principal é o título, chegar a essa marca seria um trunfo pessoal para ele.
"Espero bater essa marca", afirma. "Tenho muitos jogos pela frente e dá para fazer mais gols. Todavia, o mais importante, como sempre, é o Paysandu ser o campeão."
Aos 23 anos, a fartura de gols já desperta o interesse de outros clubes. Quem quiser levar um jogador tão promissor nem teria que mexer tanto no bolso. Como era uma contratação de risco, a multa rescisória de Rafael é de R$ 200 mil.
Rafael, que já foi flanelinha quando ainda era da base bicolor, faz uso do fortalecimento muscular que ganhou no São José-RS e no Oeste-SP, além do profissionalismo que até então nunca tinha sido seu forte.
**Fonte: JAmazonia
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