A CBF realizou nesta segunda-feira (16), em sua sede, a Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária. Na reunião foram apreciadas e aprovadas as contas relativas ao exercício de 2011 e aprovado o nome de Ricardo Teixeira como patrono permanente da entidade e discutidos mais alguns assuntos referentes à organização do futebol nacional. Dentre estes, foi discutido abertamente o fim da Série D do Campeonato Brasileiro já a partir de 2014.
Em entrevista coletiva concedida logo após o evento, o presidente da entidade, José Maria Marin afirmou que já havia pensado em mudanças para o campeonato e que muitos dirigentes teriam apoiado o pleito. De acordo com o mandatário, já houve a encomenda de estudos técnicos sobre o tema e que uma resposta sobre o assunto seria dada em no máximo 30 dias.
Com baixa média de público nos últimos anos, exceto nos jogos do Santa Cruz-PE, que foi promovido para a Série C em 2011 e não disputará o campeonato deste ano, a inchada quarta divisão do futebol nacional abriga clubes com boas performances nos estaduais mas, em geral, longe da briga pelos títulos. Além da baixa frequência de público pagante, os times não contam com ajuda da CBF no custeio de passagens e hospedagens nos deslocamentos para as partidas, privilégio só concedido aos times da Série C a partir de 2012. Sofrendo também com o desinteresse das emissoras de televisão pela aquisição dos direitos de transmissão das partidas, o valor arrecadado com os jogos do torneio não é suficiente para arcar com os custos da competição.
De acordo com o presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, Rubens Lopes, citado pelo UOL Esporte, investidores se recusam a investir nos clubes que disputam o torneio já que a exposição desejada com a chegada até a Série A leva no mínimo 3 anos para acontecer, fazendo do aporte de dinheiro no campeonato um investimento de risco a muito longo prazo.
. A idéia agrada os dirigentes das federações estaduais já que a Terceirona agora conta inclusive com acordo com a Sportv para a transmissão em cadeia nacional de pelo menos um jogo por rodada do certame. Uma das poucas vozes contrárias à uma possível extinção da quarta divisão foi a do presidente da Federação Alagoana de Futebol, Rubens Canuto que afirmou que não se deve fazer modificações quanto à extinção ou criação de divisões.
Uma proposta de mudança, caso avance, terá de ser aprovada em assembleia da CBF. Se isso acontecer ainda em 2012, a mudança só valeria a partir do ano de 2014.
**Fonte Blog SerieC.com.br
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