segunda-feira, 23 de junho de 2014

Ainda sem conhecer elenco, Vica está preocupado com volta das "férias"

O novo técnico do Paysandu, o paulista Vica, ainda não foi apresentado oficialmente no clube, mas desde que foi contratado pela diretoria, na última quarta-feira, vem, à distância, ajudando no planejamento da equipe para a Série C do Brasileiro, que volta no dia 20 de julho. Nos últimos dias, o treinador do Papão ficou em contato constante com o gerente executivo de futebol bicolor, Sérgio Papellin, e já mostrou preocupação com algumas questões do grupo.
A primeira medida tomara pelo comandante alviceleste é segurar as dispensas do elenco, acreditando que precisa primeiramente conhecer o material humano que terá em mãos a partir desta segunda-feira, quando desembarca em Belém. As contratações também seguem de forma lenta. O zagueiro Raul, que está do Figueirense, e o atacante Erick, do Bahia, seguem em negociação, mas podem ser anunciados durante a semana.
Outra preocupação de Vica é quanto ao condicionamento físico dos jogadores. Com a folga de 15 dias dada após o término do Campeonato Paraense, o técnico do Papão espera que os atletas tenham se mantido próximo do peso ideal, sem exageros na alimentação. O comandante bicolor espera uma Série C difícil, mas mostra confiança no acesso à Segundona, principal objetivo do clube na temporada. Confira a entrevista a seguir, dada ao jornal O Liberal:
O ex-técnico do Paysandu, Mazola Júnior, afirmava que a cada ano a Terceira Divisão fica mais complicada, e que o Grupo A da Série C tem nível de Série B. O que você acha dessa afirmação e o que esperar de dificuldades no restante da competição?Vica: Concordo. O Grupo A tem equipes com mais tradição em nível nacional, mais torcida. Equipes investindo mais do que o Grupo B. Após a Copa do Mundo, acho que as equipes vão estar mais bem preparadas do que no início. Não vai ter jogo fácil. 
A partir do momento em que foi contratado, qual será o seu papel no processo de contratações e dispensas dentro do elenco?
Vica: Ainda não conversamos sobre contratações nem dispensas. Vamos conversar, mas não gosto de chegar num clube e começar a dispensar jogadores. Se esses jogadores estão no clube é porque têm capacidade. Vamos com calma. Agora, não abro mão da disciplina e do comprometimento com o clube.
Você já viu um jogo do Paysandu e tomou conhecimento do elenco que terá em mãos. Qual a sua avaliação prévia desse grupo para a Série C?
Vica: Positiva, acho que tem jogadores de um bom nível técnico. Precisamos aliar essa técnica com disputa dentro de campo, não temendo nossos adversários e sim os respeitando. 
Esse tempo de treinamento durante a Copa do Mundo será suficiente para deixar o time em um bom nível para o recomeço do Campeonato Brasileiro?
Vica: Acho que 30 dias é um bom tempo, mas poderíamos ter mais. Às vezes você contrata um jogador que não vinha atuando com frequência e ele precisa de mais tempo para se condicionar. Para outros você precisa dar um descanso. Mas vamos tomar cuidado nos treinamentos, o que não podemos ter é jogador voltando ou chegando muito acima do peso. Se isso acontecer, vai ser muito ruim.
Na reta final da Copa Verde e do Campeonato Paraense, além do começo da Série C, o Paysandu sentiu muito o desgaste por causa de um elenco reduzido, também prejudicado por lesões. Qual seria a quantidade ideal de jogadores?
Vica: Precisamos tomar muito cuidado na Série C. Teremos tempo para recuperar os jogadores, vamos ter que treinar dentro de uma normalidade, sem sobrecarga. Acho que 30 atletas seria um número bom, mas precisamos ter uma mescla com jogadores jovens também. 
Mesmo com as perdas da Copa Verde e do Campeonato Paraense, a diretoria optou pela continuidade de manteve o treinador. A saída de Mazola se deu por razões pessoais, pois havia palavras de ambos os lados de confiança no trabalho. Essa postura diferente da diretoria, com um discurso de valorização de um trabalho em longo prazo, também pesou na sua escolha em vir para a Curuzu?
Vica: Não só por isso, mas também pela tradição, pela torcida que tem. Acho que devemos nos unir em prol de um único objetivo: a luta pelo acesso à Série B de 2015. Também gosto de fazer um trabalho a longo prazo.
**Fonte GloboEsporte/PA

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