Partida aconteceu no dia 22 de julho de 1945, pelo primeiro turno do campeonato paraense daquele ano
No tempo em que o mundo vivia a famigerada Guerra Fria - um embate histórico entre os EUA e a extinta União Soviética -, o futebol paraense registrou um capítulo também inesquecível nos clássicos entre Remo e Paysandu. No dia 22 de julho daquele ano de 1945, o Bicola aplicou uma goleada de 7 a 0 sobre os azulinos, em pleno Baenão, em Belém, pelo primeiro turno do campeonato paraense.
Antes, o time alviceleste já havia sofrido com uma goleada por 7 a 2 para o mesmo Remo, no dia 5 de março de 1939, mas devolveu o sentimento ruim no dia 21 de novembro de 1943, quando derrotou o rival por 7 a 1. Dois anos depois, foi a vez dos 7 a 0.
Na partida, o Paysandu entrou em campo lutando pelo tetracampeonato consecutivo da competição e vinha com um time técnico para enfrentar a aguerrida equipe azulina. No primeiro tempo, os remistas foram ao ataque e chegaram a jogar uma bola na trave do goleiro Palmério, com o atacante Jiju. Aos 37 minutos, porém, o Paysandu se aproveitou do cansaço adversário e fez o primeiro gol do jogo, com Hélio.
Antes do intervalo, aos 43 minutos, os meio-campistas Arleto, do Paysandu, e Vicente, do Remo, inciaram uma confusão e trocaram empurrões. Como resultado, os dois foram expulsos de campo. Pior para o Remo, que perdia o seu principal jogador na ocasião.
Na segunda etapa, com a fragilidade na meiúca azulina, o Bicola se aproveitou dos espaços em campo e construiu a goleada com Farias, logo no primeiro minuto; Soiá, aos 4, aos 9 e aos 20; Hélio, aos 24; e Nascimento, aos 44 minutos.
Antes do apito final do árbitro Alberto Monard da Gama Malcher, o Papão ainda fez questão de tocar a bola de lado várias vezes como forma de humilhação ao já sem forças time remista.
O campeonato terminou com o Paysandu conquistando o tetracampeonato e a Tuna como vice-campeã. O Remo foi terceiro colocado do certame.
**Fonte Portal ORMNews
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