O técnico do Paysandu, Roberto Fernandes, costuma dizer que ninguém ouvirá dele a escalação do time que não momentos antes do apito inicial dos jogos. Segundo ele, somente o time da capital paraense é um livro aberto aos demais, que se beneficiam da cobertura maciça sobre ele, ao passo que dos adversários dificilmente tem informações. Ontem, a simples suspeita de que haveria uma equipe de TV de Lucas do Rio Verde (MT) - o que seria normal - e de pessoas ligadas ao clube mato-grossense para ver o treino fez com que os portões da Curuzu fossem fechados. Ninguém pôde entrar.
'Por volta das 13 horas me chegou informação, via assessoria de imprensa, que havia uma equipe de Lucas do Rio Verde (MT) fazendo reportagens, assim como gente do clube nos observando. Como não há nenhum controle quanto a quem entra, o mais seguro seria fechar o treino e isso foi feito', disse o treinador. 'Em virtude desses fatos novos, entendemos que seria o melhor, até porque o Paysandu tem uma cobertura ampla então é muito fácil de se pegar notícias. Já a gente não tem informação alguma do Luverdense, nenhum DVD, até do nosso jogo', completou Fernandes.
Segundo o comandante bicolor, a atitude foi preventiva. Ele relembrou o caso do jogo com o Rio Branco-AC, na terceira rodada, quando, de acordo com ele, todas as jogadas ensaiadas do Paysandu estavam bem marcadas. 'Todas as nossas jogadas ensaiadas estavam marcadas pelo Rio Branco. Não tenho dúvida que alguém de lá viu nossos treinos. Se o Paysandu tivesse um CT seria normal que a torcida nem entrasse nos treinos.'
Fernandes garante que, mesmo tendo enfrentado uma vez o Luverdense, pouco conhece do adversário de depois de amanhã. 'Temos uma ideia do que é o Luverdense. São poucos os times que estão com a mesma base há anos. O Luverdense, no primeiro jogo, esteve sem dois titulares absolutos e que devem jogar aqui. São informações que não tenho', disse. O técnico prefere acreditar que a força do time bicolor poderá superar essa dificuldade. 'Conto com força do nosso grupo, mesmo com o Paysandu sendo mais conhecido, o que vai fazer a diferença é a entrega dos nosso jogadores, o Papão está ferido, mas não morto. Contamos com uma festa na arquibancada com os jogadores nos incentivando. Em campo todos estarão com o coração na ponta da chuteira.'
Sobre o fato da torcida não ter sido autorizada a entrar para ver o coletivo apronto, Fernandes foi sucinto ao lembrar que essa é uma prática que resiste em poucos lugares no futebol brasileiro. 'São Paulo-SP, Inter-RS e Fluminense-RJ têm torcidas e qualquer clube de massa que tem CT já acabou com isso. Torcedor vê a equipe no jogo. Teremos cinco treinamentos na semana e por enquanto quatro foram abertos. Não tem polêmica nesse sentido. O momento é de todos remarem no mesmo sentido.'
**Fonte JAmazônia
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