Na sexta-feira, antes do coletivo apronto preparatório para o jogo de ontem contra o Luverdense-MT, o zagueiro Vagner e o centroavante Josiel brincavam quando perguntados se esse jogo seria mais uma vez teste para cardíacos. Ambos afirmaram preferir que não, lógico, e sim que a vitória viesse com mais tranquilidade. Mas, se fosse para ser de forma dramática, que fosse pelo menos com os três pontos para o Papão. Não deu outra. O Paysandu venceu o time mato-grossense por 1 a 0 diante de uma Curuzu lotada. O que não faltou foi torcedor roendo as unhas.
Com o resultado, o Papão foi a onze pontos e assumiu a ponta do Grupo A, seguido por Rio Branco-AC e Águia, ambos com dez pontos. Ontem à noite, na capital acriana, o Estrelão bateu o Azulão por 2 a 1. A liderança bicolor dificilmente resistirá à próxima rodada, quando o time da capital paraense folgará, mas a possibilidade de permanecer entre os dois primeiros é enorme. No final de semana que vem, o Águia recebe o lanterna Araguaína-TO em Marabá, e em Lucas do Rio Verde (MT) enfrentam-se Luverdense e Rio Branco.
Ontem, com a Curuzu lotada - mas provavelmente encolhida, já que a despeito de não caber mais ninguém lá o público pagante anunciado foi bem menor do que o que aparentava - os jogadores tiveram garra, entrega e lutaram até o fim. Mas, mais uma vez, o time bicolor teve muitas dificuldades. O gol veio somente na metade final do segundo tempo, quando o Papão conseguiu executar uma das suas poucas jogadas trabalhadas.
Para o volante Sandro, um dos melhores em campo, o Paysandu sofre com essa pressão acumulada de anos na Série C e quem jogadores que chegam ano após anos sentem essa carga. "O time estava muito apavorado. O Paysandu está numa pressão muito grande e os jogadores sentem. A ansiedade é enorme."
O lateral direito Sidny, autor do passe para o gol de ontem, salientou o poder de superação da equipe. "Nunca desistimos e foi assim que conseguimos essa vitória. Agora são 15 dias para trabalhar e descansar bastante".
O jogo - Com o Luverdense com uma estratégia mais defensiva e superpovoando a defesa e o meio-de-campo, o Paysandu mal conseguia jogar. No primeiro tempo viveu de lances esporádicos. O melhor foi aos dez minutos, quando depois de um chutão da defesa os adversários pararam e Rafael Oliveira chegou antes do goleiro para desviar com um leve toque, mas para fora.
Na etapa final, o Papão foi com tudo para cima, indo para o abafa. Aos 13, Sandro cobrou falta de longe e a bola passou por todo mundo, quase pegando Tiago Volpi de surpresa. Mas o goleiro conseguiu defender.
Depois de boas chances com Sidny, aos 21, e Rafael Oliveira, aos 26, além de uma defesa milagrosa de Alexandre Fávaro no minuto seguinte, quando estava cara a cara com o meia-atacante Gabriel Dave, o Paysandu finalmente chegou ao seu gol aos 29 minutos.
Sandro avançou pelo meio e fez ótimo passe para Sidny cruzar da direita e encontrar o zagueiro Vagner desmarcado dentro da área, que só teve o trabalho de cabecear para as redes. "Estava me cobrando esse gol e ele veio na hora certa", comemorou o jogador. Depois, o Luverdense até que tentou ir para frente, mas sem ameaçar. A melhor chance ainda foi bicolor, com Sandro cobrando falta de longe, quase do meio de campo, obrigando o goleiro a excelente defesa e a contar com a sorte, já que a bola ainda bateu na trave.
**Fonte JAmazonia
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