Desde a derrota de 2 a 1 para o Águia, no final de semana passada, o jogo de hoje com o Luverdense-MT passou a ganhar uma importância a mais. Não só pelo possível retorno à liderança do Grupo A - desde que o time de Marabá não vença o Rio Branco-AC -, também pela moral que os três pontos podem trazer. O jogo tem esse caráter, principalmente, porque marca o retorno à Curuzu na competição nacional, o que não ocorre desde o "Salgueiraço" do ano passado. Vencer com a Fiel ao lado pode dar o gás necessário para que o time engrene. O resultado positivo também deixa a equipe muito próxima da classificação para a fase seguinte, justamente a uma vitória na última rodada sobre o lanterna do grupo, o Araguaína-TO.
Os dias que precederam o jogo de hoje foram sintomáticos sobre o clima desse encontro. Com a semana cheia de trabalho, quase todos os dias foram marcados por episódios - isolados, é fato - de alguns torcedores se excedendo em relação a alguns jogadores. Na quinta-feira, dia do coletivo apronto, o técnico Roberto Fernandes resolveu fechar os portões do estádio para evitar o que, segundo ele afirmou ter sido avisado, a presença de "espiões" do Luverdense em busca de informações sobre o Papão.
"Como não havia nenhum controle o mais seguro foi fechar o treino. O Paysandu tem uma cobertura ampla então é muito fácil de se pegar notícias. Já a gente não tem informação alguma do Luverdense", comenta Fernandes.
Entre os jogadores o clima parece ser o de quem está com a faca entre os dentes. Dois times investiram pesado para retornar a Série B. Um, o Fortaleza-CE, patina no Grupo B e corre o risco de sequer classificar-se para a fase seguinte. O outro, o Paysandu, depende apenas das próprias forças e, no papel, não tem uma missão das mais complicadas para seguir adiante.
"Estamos nos cobrando mais em todos os sentidos e essa cobrança está sendo bem aceita. Estamos precisando de uma boa partida para convencer. Um bom resultado aqui será um grande passo rumo a classificação. É bom ter todo jogo como uma decisão. Eu encaro todos os jogos assim", afirma Sidny. "Nosso grupo é muito forte, está faltando alguma coisa ainda e estamos buscando. Não paramos de trabalhar. Conheço praticamente todo esse elenco de já ter trabalhado antes e sei o que ele pode fazer", completa o lateral direito.
Mesmo um novato no clube como o meia Robinho sabe que é imprescindível uma vitória logo mais, até para a manutenção do bom ambiente no clube. "Vai complicar se não fizermos o dever de casa. Essa semana tem que ser bem proveitosa no trabalho para depois do jogo ficarmos tranquilos, na liderança de novo."
Bem mais experiente em situações como essa, Alexandre Fávaro é enfático ao dizer que falar em outro resultado que não um que venha acompanhado de três pontos não será bem digerido. "O jogo é mais uma decisão para a gente. Não tem outro resultado que não a vitória, caso contrário o campeonato ficará complicado para a gente. Temos que ganhar porque vamos folgar na próxima rodada. Com quatro pontos a mais que o Luverdense, independente do que aconteça na rodada seguinte, ainda estaremos entre os dois primeiros."
**Fonte JAmazonia
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