Pela segunda vez no ano, a história se repete: a diretoria do Paysandu anuncia uma lista de dispensas, mas no dia seguinte volta atrás e decide pela reintegração dos demitidos. No dia em que o técnico Edson Gaúcho foi apresentado, a diretoria bicolor informou a saída do meio-campista Luciano Henrique, do lateral-esquerdo Jean, do volante Charles Vagner e dos zagueiros Ari, Diguinho e Jorge Felipe que ontem, no entanto, foram reintegrados ao elenco a pedido do novo treinador, que irá avaliá-los.
Surpreso com a notícia, Luciano Henrique demonstrou constrangimento com a situação incômoda. “Eu não fiquei sabendo de nada por nenhum diretor, só soube pelo que vocês da imprensa noticiaram sobre uma lista de dispensas na qual havia o meu nome. Mas ninguém da diretoria falou nada comigo”, revelou Luciano, que no mesmo dia em que foi dado como dispensado foi procurado pelos diretores. “Entraram em contato comigo, pediram para eu me apresentar hoje (ontem) de manhã. Tive uma conversa com o Edson, ele disse que contava comigo para essa semana importante que antecede uma partida decisiva no domingo”, completa.
Embora chateado com o ocorrido, o meia revela que não ficou abalado psicologicamente com a situação, principalmente por ser um jogador experiente, com passagem por várias equipes do futebol brasileiro. “Não podemos ficar pensando no que aconteceu na viagem, que um veio na frente, o outro depois. Já ficou no passado. Temos que ter uma semana boa para que a gente possa, no domingo, concretizar essa classificação”, finaliza.
Atrasos salariais podem render bronca no futuro
O atraso no pagamento da folha salarial é um dos problemas enfrentados pela diretoria do Paysandu, que está em débito com os jogadores do clube. Com uma folha de aproximadamente R$ 600 mil mensais, a segunda maior entre as equipes que disputam o Campeonato Brasileiro da série C, é difícil, para a direção alviceleste, manter os salários em dia.
O atraso no pagamento da folha salarial é um dos problemas enfrentados pela diretoria do Paysandu, que está em débito com os jogadores do clube. Com uma folha de aproximadamente R$ 600 mil mensais, a segunda maior entre as equipes que disputam o Campeonato Brasileiro da série C, é difícil, para a direção alviceleste, manter os salários em dia.
Alguns bicolores, inclusive, não recebem há quatro meses. É o caso do volante Vanderson, que havia sido afastado em junho, mas que não teve seu contrato rescindido e foi reintegrado ao grupo anteontem. Durante este período, como continuou sendo funcionário do clube, Vanderson deveria ter recebido o pagamento normalmente, no entanto não foi o que aconteceu, embora ele e o presidente do clube, Luiz Omar Pinheiro, tenham entrado num acordo. “Quando eu saí daqui acertei com o presidente, tudo direitinho, como ia ficar a situação do meu salário, mas eu estou desde maio sem receber. Conversei com ele, já acertei de novo, eu espero que dessa vez ele possa me pagar”, acredita o volante.
Apesar da situação incômoda causada pelo atraso nos salários, Vanderson e os demais jogadores preferem manter as atenções voltadas para a partida do próximo domingo (18), contra o Araguaína (TO), na Curuzu. “Todo mundo precisa de dinheiro, não é? Eu preciso, mas no momento não está me atrapalhando muito. A única coisa que me atrapalha é a falta do ritmo de jogo, já que estou sem atuar desde a final do Campeonato Paraense, vinha apenas treinando”, completa o volante.
EM NÚMEROS
600 mil reais. É o valor aproximado da folha salarial do Paysandu.
600 mil reais. É o valor aproximado da folha salarial do Paysandu.
**Fonte Diário do Pará
Nenhum comentário:
Postar um comentário