Há uma semana o Paysandu entrou em campo como azarão total. Encarou o clássico com o maior rival ostentando um favoritismo absoluto. Duas rodadas e sete dias depois a situação se inverteu. A crise que teimava estacionar na Curuzu atravessou a avenida e agora instalou-se na Antônio Baena, ao passo que na Curuzu vive-se ares de otimismo. Nem muito ao mar, nem muito à terra. O Papão teve duas vitórias convincentes, é fato, mas se não fizer o dever de casa hoje à tarde, diante do São Raimundo, de quase nada vai ter adiantado a melhoria. Vencer o Pantera santareno na Curuzu garante o time bicolor na semifinal do primeiro turno. Um empate ou uma derrota faz com que os alviazuis tenham que torcer pelo tropeço da Tuna Luso, que joga no mesmo horário no Souza contra o Cametá.
O técnico Nad mandará a campo praticamente a mesma formação das vitórias anteriores. A única exceção é na lateral direita, Yago, um dos destaques do time, cumpre suspensão automática pelo terceiro cartão amarelo, e dá espaço para a estreia de Kleber, de 17 anos, apenas um ano mais novo que o titular.
Para o treinador, foi encontrada no momento a formação que melhor atende ao nível de preparação dentro do elenco e as características dos jogadores. Já com uma mescla com atletas mais jovens e outros experientes, a equipe vem tendo dois trunfos: a mobilidade do meio-de-campo com cinco jogadores, composto principalmente por três meio-campistas habilidosos e rápidos, e a presença do habilidoso Bartola no ataque.
Artilheiro da equipe no Parazão com três gols, o atacante é o novo xodó da Fiel. Nos dois últimos jogos, ele deixou os zagueiros de Remo e Independente sem saber o que fazer. Se não deu na bola, foi na pancada. No clássico, foram duas cotoveladas e muita correria atrás dele. Aos 17 anos, ele desdenha da violência que quase o deixou de fora do jogo de hoje. "Quanto mais me batem mais eu vou para cima", diz.
Junto com as boas atuações veio também a confirmação de que fisicamente ele está apto a aguentar o tranco. Antes havia a dúvida da comissão técnica de que a jovem revelação teria condições físicas de jogar em alto rendimento do começo ao fim, dúvida dissipada. Apesar de ter sido substituído nas duas partidas anteriores, foi sempre nos momentos finais e depois de ter mostrado serviço. "Eu consigo aguentar os 90 minutos, sim. Fiz uma preparação física específica e minha resistência já aumentou bastante", garante Bartola.
Além do bom momento, o qual querem confirmar com a classificação, os bicolores esperam ter hoje a primeira boa participação da arquibancada da Curuzu. Depois de dois jogos com média de pouco mais de dois mil torcedores, a expectativa de todos dentro do clube é que os 14 mil ingressos postos à venda se esgotem para cravar o maior público este ano na Curuzu. "A torcida tem sido muito compreensiva com o time e tem apoiado. Contamos com ela mais uma vez", afirma o treinador. Para Nad, com ela ao lado, a garotada bicolor tende a mostrar mais ainda do que tem feito.
**Fonte JAmazonia
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