domingo, 11 de março de 2012

Lecheva 'de olho' na vaga


Quando chegou ao Paysandu, há onze anos, Lecheva era um meia que havia se destacado na Tuna Luso ao lado de Sandro e vinha para ser coadjuvante. Os três anos seguintes foram os mais gloriosos de um time do norte brasileiro até aqui, com títulos nacionais e uma participação surpreendente na Libertadores da América. Época em que o elenco era forte o suficiente para que na edição de 2002 da revista Placar, especial da Série A do Campeonato Brasileiro (bons tempos), não só ele, Lecheva, como Valentim, Magnum, Luiz Carlos Trindade e Zé Augusto apareciam sem grande destaque, sendo que todos jogavam constantemente e foram importantes demais naquela fase.

Entre idas e vindas, Ricardo Mendes Nascimento, paulista de Mogi das Cruzes (SP), defendeu o Papão por oito anos e viu o melhor e o pior do que aconteceu na Curuzu na década passada. Do céu da Primeira Divisão ao inferno da Terceira. Desde 2010 Lecheva não joga mais profissionalmente e passou a ser dirigente e, posteriormente, um misto de gerente de futebol e auxiliar técnico no Paysandu. Com a saída de Nad do comando da equipe ele voltou a assumir o posto de treinador, onde deve permanecer pelo menos até o fim da terceira rodada do segundo turno do Campeonato Paraense. Amanhã à tarde, no Mangueirão, o time bicolor encara o clássico com a Tuna Luso.

Nesses pouco mais de dois anos em que vem trabalhando ora como dirigente, ora como membro da comissão técnica do clube, Lecheva já assumiu o time em mais de uma ocasião. Em todas deixou bem claro que seu projeto profissional é ser treinador de futebol e que se lhe derem uma chance de ter continuidade quer ficar no cargo. Nunca ficou muito tempo e não parece que vai ser agora.

Desde que Nad entregou o cargo, a diretoria vem buscando incessantemente um profissional para ocupar esse espaço. No sexto ano de disputa da Série C, o Paysandu começa a andar certo em linhas tortas. Tem feito novamente muita coisa errada e o correto vem de imposições que a farra de gastança financeira dos anos anteriores impõe.

Investimento mais do que modesto no Campeonato Paraense e contratações pontuais e com antecedência à competição nacional sempre pareceram decisões óbvias, mas que não foram feitas. Ainda assim o elenco conseguiu destacar jovens valores que podem ser muito úteis na disputa do Campeonato Brasileiro, casos do goleiro Paulo Rafael, do zagueiro Thiago Costa e do atacante Bartola, sem falar que o contratado Leleu, também um garoto de 19 anos, pode vir a ser de grande utilidade. Somado a contratações como a do centroavante Adriano Magrão e dos meias Harison e Kariri - este com uma resposta em campo bem antes do que se apostava - uma base começa a dar as caras para a competição mais importante do ano.

Vai caber a Lecheva essa transição entre Nad, que por conhecer a base como ninguém conseguiu fazer com que os garotos que subiram tivessem um suporte a mais no profissional, e o que vai chegar - ou deve chegar - para preparar a equipe para a Terceirona. Se não chegar alguém tão cedo ou até se não vier, o atual interino garante ter condições de manter-se como efetivo. História Lecheva tem na Curuzu, mas quase toda ela com a bola nos pés. No comando é uma que ainda pretende escrever.

**Fonte JAmazonia

Um comentário:

  1. Atenção torcedores de fato e de direito do Paysandu Sport Club - não se pode tolerar tentativas infundadas com o pretexto de alcançar a série B.Será que não há alguma coisa tão evidente que não se quer enxergar?

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