Se o retrospecto fora de casa do adversário for levado em consideração para os bicolores, o jogo de domingo tem um fator a mais na luta pela classificação antecipada. A questão é que o Salgueiro, em oito jogos longe de Pernambuco, conseguiu no máximo três empates: Águia, Cuiabá e Santa Cruz. Nos demais jogos, o Carcará foi derrotado em todos, incluindo um categórico 4 a 0 para o Treze, na 10ª rodada.“Cada jogo nós encaramos como uma decisão. Eu conversei com o grupo e disse que ia encarar esse como o meu primeiro e como o último. Então todo mundo encara como uma decisão de campeonato e ninguém quer perder em casa”, opina o volante Vanderson, preferindo minimizar a expectativa causada pela possibilidade da revanche. Assim como ele, o atacante Moisés é outro que prefere manter o equilíbrio emocional e não embarcar na revanche, deixando o grupo bem mais concentrado na situação ideal, ou seja, dentro de campo. “Não tem essa história. O Salgueiro venceu aquele jogo por merecimento, mas hoje temos um grupo diferente, jogadores diferentes. Pedimos a Deus que nos ajude a alcançar a vitória”, acrescenta.O fato de ter algumas estatísticas em seu favor, não significa dizer, nas palavras de Moisés, que o Paysandu já é o favorito na partida. “No futebol você perde uma, duas, vai lá pra baixo. A desconfiança do torcedor é normal, aí quando você ganha, a história muda, por isso precisamos da torcida do nosso lado”, encerra o atacante.
O ‘bicho’ é bom e ‘engorda’
A preocupação com os dois meses de salários atrasados tem sido mostrada em algumas situações cotidianas do Paysandu. Nada ao extremo, vale ressaltar. A afirmativa vem principalmente baseada em entrevistas. Ao mesmo tempo, a diretoria garante que tem feito tudo para quitar os salários e pede principalmente a ajuda da torcida. Enquanto a resposta não vem, o jeito é ir “molhando o pé da planta” aqui e acolá. Alguns setores da crônica esportiva reprovam. Entendem que o “bicho” deveria ser por objetivo e não por um simples empate, como tem sido. Mas a questão principal, na visão de quem vive o cotidiano bicolor, é outra e o prêmio contribui para a boa fase. “É verdade, temos um ambiente de alegria, todo mundo feliz, brincando, rindo. É um lugar bom de estar e participar. Foi assim que subi ano passado com o Náutico, éramos uma família também”, relata Moisés.Segundo ele, existe um entendimento dos esforços feitos pela direção do clube, assim como a consciência da dificuldade em levantar uma renda equivalente à uma folha, e uma premiação dessas, comum no futebol, é sempre válida. “Esse ano o Paysandu não está diferente, está a mesma coisa. A diretoria vem tentando pagar os jogadores, dá prêmio para incentivar o grupo e vem dando certo, graças a Deus, domingo vai dar certo de novo”, antevê.
**Fonte Diário do Pará
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