Jô conquista o seu espaço

Por enquanto, o atacante é opção para o segundo tempo, mas acredita que sua hora no Papão vai chegar

Recém-titularidade de Paulo Rafael é uma fonte de inspiração para outros jogadores do plantel do Paysandu. Jô, um atacante veloz e que, em geral, entra apenas no segundo tempo das partidas, é um jogador que pede passagem.

Diante do CRB, ele atuou como ponta esquerda e, usando velocidade e habilidade, foi o protagonista de bons momentos do ataque do Papão. Em um dos lances, Jô colocou a bola na cabeça de Marcos Paraná, que finalizou à queima-roupa, mas não superou o goleiro Júlio César. Em outro bom momento, Jô esticou uma bola precisa para, novamente, Marcos Paraná desperdiçar uma chance cristalina de gol.

A desenvoltura do atleta gerou questionamentos. Para alguns analistas, Jô poderia ter entrado assim que Lima saiu da equipe, ainda no primeiro tempo. “Se não mantivesse a altura do time, ficaria muito baixo com o Jô. Não poderia colocar o Jô no meio dos zagueiros e não tinha nenhum jogador com essa característica no banco”, argumentou Mazola Júnior.

Se o bom momento técnico pode significar a sua presença na equipe titular, Jô se esquiva, usando poucas palavras para não entrar em conflito com o treinador. “É difícil falar. Eu tenho que dar meu máximo quando entro”, disse, sonhando, porém, com a sua vaga. “Mas acho que minha hora vai chegar”, projetou Jô.

O atacante velocista, autor de três gols na temporada, vem sendo utilizado em uma circunstância de jogo que envolve o cansaço dos defensores rivais. “Fui orientado para ir para cima quando tivesse chance. É minha característica e tentei ao máximo”, enfatiza Jô, falando a respeito do jogo do último sábado. “Começamos presos na marcação deles, mas também marcamos bem. No segundo tempo, conseguimos agredir mais e criamos as melhores chances”, avaliou.

Jô foi outro a analisar o empate como um bom resultado fora de casa. “Temos que valorizar esse empate fora. Em campeonato por pontos corridos é importante, sim.”

**Fonte JAmazonia