terça-feira, 21 de abril de 2015

Torcida bicolor invade a Curuzu

Grupo força cadeado e entra no estádio para pegar no pé do time

Enquanto os reservas treinavam tecnicamente, outros titulares se limitavam a correr ao redor do gramado da Curuzu, na atividade realizada ontem, já visando ao jogo de amanhã, contra o Parauapebas, pela semifinal do Segundo Turno do Parazão. A preparação do Paysandu tinha um quê de tranquilidade, apesar da derrota para o Clube do Remo e a consequente eliminação da Copa Verde. Uma chuva forte, embora rápida, prejudicou o andamento da programação, no entanto. O treinador do Paysandu, Dado Cavalcanti, resolveu pôr fim a uma movimentação em campo reduzido e optou por treinamentos setorizados. Atacantes e meias treinavam finalização, e os zagueiros eram obrigados a tirar bolas aéreas, algumas cobradas pelo próprio treinador Dado Cavalcanti.
Porém, por volta das 16h20, uma ação de poucas pessoas, trajadas com camisas bicolores, forçou um cadeado que fechava um portão da travessa Curuzu, que dá acesso ao estádio. Alguns invadiram o treino e, rapidamente, o grupo de manifestantes foi reforçado. Visualmente, cerca de 100 pessoas entraram no estádio da Curuzu, a maioria trajada com a camisa bicolor. Homens, mulheres e até criança participaram da manifestação. Em um primeiro momento, eles se posicionaram atrás de uma trave e vaiaram jogadores como o meia Leleu, surpresa de Dado Cavalcanti na escalação do Re x Pa do último sábado, 18. O apoiador Carlinhos também era um dos mais criticados. Cada chute errado era motivo de apupos da arquibancada.
Alguns torcedores se deslocaram em meio a praça esportiva e se posicionaram, inclusive, para tentar invadir o gramado e cobrar, mais próximo, os jogadores. Nos gritos de ordem, deixavam claro que o Parazão havia se transformado em obrigação. A intervenção do supervisor de futebol, Sérgio Papellin, acabou sendo fundamental. Papellin conversou com vários torcedores, pediu calma e deu a entender que o clube planeja uma reação imediata, que seria eliminar o Parauapebas, na partida de amanhã. Aos poucos, os manifestantes foram se dispersando. O clube chegou a acionar a Polícia Militar, que deslocou viaturas e policiais para evitar qualquer tipo de manifestação mais violenta. Pelo que a reportagem apurou, não havia seguranças particulares do clube.
**Fonte JAmazonia

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