sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Galo abatido

Time bicolor vence o Independente por 1 a 0 e lidera o grupo A2 do Campeonato Paraense

Sob a persistente chuva de Tucuruí e com o maior campo do Parazão, o Paysandu cozinhou o Independente até conseguir um gol, na noite de ontem, o que garantiu a segunda vitória ao Papão. No estádio do Navegantão, o Galo Elétrico lutou pela vitória no início do jogo e foi até o fim pelo empate, mas não foi o suficiente: o Papão agora é líder do grupo A2 da taça Cidade de Belém, primeiro turno do Parazão. Depois da folga do carnaval, o Paysandu vai para a terceira rodada apenas no dia 14 contra o São Raimundo, muito próximo da classificação às semifinais. Com a vitória, o Bicolor acaba um pequeno tabu de dois anos sem vencer em Tucuruí.
Logo no início do jogo o Independente lembrou a potência da antiga Estrada de Ferro e partiu pra cima. O time não ia buscar apenas uma jogada para garantir, no mínimo, um empate. O Galo queria a vitória. E, em cinco minutos de jogo, o Papão havia chegado à área do Galo somente numa bola parada. O adversário jogava em casa – e aproveitava a vantagem. O chuvisco não virava chuva. E o Papão mantinha um time recuado. O extenso campo do Navegantão era o 12º jogador do Galo.
Aos 15 minutos, o técnico Dado Cavalcanti assistia a um Papão enviesado, o oposto ao que havia planejado nas duas semanas anteriores. Sobravam passes errados, o Independente acuava o Papão e havia pouca ligação entre defesa e ataque. Não havia entrosamento: o time parecia mal posicionado. E, mesmo com menor posse de bola, aos 18 minutos o Paysandu teve a melhor oportunidade, mas o Fabinho Alves perdeu a chance, chutando em cima do goleiro Alencar Baú.
A partida avançava, o panorama se mantinha. O Paysandu, fora uma oportunidade, era inexpressivo. O Independente, por outro lado, teve duas ótimas oportunidades numa falta de longe e numa cabeçada. O goleiro Emerson era o que mais trabalhava com duas boas defesas. E, então, o chuvisco fora para o aquecimento. No meio do campo, setor priorizado por Dado, Raphael Luz e Celsinho pareciam não ter entrado. O time estava do avesso.
Mas houve certa melhora. Aos 30 minutos, o Papão, enfim, começava a se soltar em campo, acertando passes, conectando defesa e ataque, mas as finalizações passavam longe de abrir o placar. E, enfim, sombrinhas abertas: a chuva entrou em campo. O primeiro tempo chegava ao fim com um bom chute, novamente do Independente, nos pés de Dudu, mas que saiu à linha de fundo.
Para o segundo tempo, o Paysandu parecia a equipe da última partida na Curuzu, mas faltava coesão na equipe. Até os 15 minutos, apesar da melhoria, não havia efetividade no ataque. Aos 17 minutos, saiu o atacante Jaime para a entrada de outro atacante, Daniel Papa-léguas. O Paysandu pouco explorava as laterais, o cansaço começava a se abater, mas o Papão permanecia o mesmo. Tal qual no primeiro tempo, aos 20 minutos, o Paysandu perdeu a melhor chance da segunda etapa: Fabinho Alves perdeu de novo de cara. Dois a zero para o goleiro do Galo, Alencar Baú.
Só na metade do segundo tempo o Paysandu se reencontrou: tratou o time do Independente como um tucunaré do Tocantins num caldo de chuva. A caldeirada foi salgada com uma melhoria no toque de bola e temperada com uma mudança efetiva no meio do campo. Veio a tranquilidade almejada e o caldo queimou a língua do retrospecto: depois de dois anos sem vencer o Independente dentro de casa, o Papão quebrou o tabu.
O terceiro embate entre o ataque do Papão e o goleiro Alencar Baú chegara a um desfecho favorável. O lateral direito Crystian recebeu a bola na entrada da área, aos 22 minutos, cortou a zaga e despachou uma bola rasteira. Aí não deu para Alencar Baú. O Papão fazia 1 a 0 na casa do Galo. Era o fim de dois anos de tabu.
**Fonte JAmazonia

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