quarta-feira, 25 de abril de 2012

Festa na despedida do elenco bicolor


A torcida bicolor prometeu e cumpriu. Ontem no embarque da equipe para Curitiba, onde na quinta-feira o Paysandu inicia a disputa nas oitavas de final da Copa do Brasil, cerca de 50 torcedores animaram e apoiaram a delegação, emulando no saguão de embarque o ambiente das arquibancadas da Curuzu ou do Mangueirão. Feitos históricos como a vitória sobre o Boca-ARG, que ontem completou nove anos, foram relembrados e usados como incentivo às vésperas de um dos jogos mais importantes do ano para o Papão.

Cerca de uma hora antes do embarque do Paysandu, o fluxo de pessoas com a camisa bicolor começou a aumentar no aeroporto. De repente surgiam também faixas, bandeiras e, enfim, os gritos e cânticos que começavam a anunciar a confiança da torcida no time que vai tentar continuar a escrever páginas gloriosas da história do clube. Eram cerca de 50 torcedores, uma boa parte "fugida" da aula ou do trabalho. Tudo para expressar o apoio em pessoa, na tentativa de transmitir "boas vibrações" aos jogadores. Um dos torcedores era o estudante Léo Santos, de 21 anos. Ele explicou que aquela foi uma inciativa independente de torcedores comuns, sem ligação a torcidas organizadas. "Uma parte soube pela internet e outra pelo boca a boca. Viemos porque acreditamos no time, pelo que tem feito em campo, e porque somos apaixonados. Se a fase fosse ruim, também iríamos apoiar", garante.

E o esforço daqueles torcedores, que representavam outros milhões de bicolores, foi reconhecido pelos atletas. Muito assediado ao descer do ônibus, o meia Kariri se disse mais uma vez surpreso com o carinho. Outro que não esperava uma despedida numerosa era o zagueiro Douglas, confirmado no time titular depois de ser poupado dos treinos do fim de semana. "Não esperava e estou surpreso. Agradecemos ao carinho e certamente agora teremos uma viagem melhor", afirmou. O técnico Lecheva disse que a presença da torcida só reforçou o clima nostálgico que o dia 24 de abril representa para o clube. "Muito bom isso. Ainda mais no dia em que aquela vitória histórica completa nove anos", disse, referindo-se ao dia em que o Papão calou a Bombonera.

Já o goleiro Paulo Rafael manifestou um sentimento misto. "Antes de ser profissional também era torcedor do clube. E quando o Paysandu jogava em dia de trabalho, me dividia entre a função e o jogo. A gente fica feliz com esse apoio e espera retribuir para fazer feliz não só os que vieram, mas os outros que também gostam do Paysandu. É um amor incondicional", concluiu.

**Fonte JAmazonia

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