De segunda-feira até ontem, às 18 horas, 35 mil ingressos (número não oficial), entre arquibancadas e cadeiras, foram vendidos na Curuzu e na sede social do Paysandu. Hoje, se os sete mil restantes forem vendidos no ritmo dos últimos três dias as entradas serão esgotadas antes do meio-dia. Hoje, às 19h30, o Papão encara o Coritiba-PR para uma missão das mais complicadas. Como foi goleado por 4 a 1 semana passada, terá que vencer por 3 a 0 para avançar porque a diferença de gols será a mesma e porque marcou um gol em Curitiba. Se golear por quatro ou mais leva a vaga independente de quantos gols sofrer. O Coxa Branca se classifica com o empate, qualquer vitória ou até uma derrota por um ou dois gols de diferença. Um 4 a 1 para o time paraense leva a decisão da vaga para os pênaltis.
Ou seja, o que levará os esperados 40 mil bicolores ao estádio estadual hoje à noite? Dois motivos geraram a procura inédita por ingressos por parte da Fiel esse ano. A primeira e mais importante foi a discussão do meia Harison e um radialista paranaense após a partida de ida, na ocasião, o jogador afirmou que a torcida do Paysandu é maior, no que virou motivo de pilhéria na rádio. A situação mexeu nos brios e no orgulho paraense. O segundo motivo foi o jogo do Remo, domingo, quando a torcida azulina levou 26 mil pagantes ao Mangueirão para ver a conquista de um turno depois de quatro anos.
O entusiasmo que permeia boa parte da torcida do Paysandu se baseia no imponderável que permeia o futebol. Friamente, numa análise entre os dois times, o paranaense aparece como franco favorito, sem falar na enorme vantagem que construiu em casa. O site Chance de Gol, especializado em estatísticas, crava o Coxa Branca com 98,6% de chances de se classificar para as quartas-de-final.
Os jogadores mantêm o discurso de otimismo, de que o Papão poderá surpreender contra todos os prognósticos. 'O grupo está inteiro, motivado e confiante. A torcida também está empolgada. Pode dar certo. Já passei por momentos dados como impossíveis e consegui o objetivo. Em futebol acontece de tudo', afirmou o volante Vânderson. 'É difícil, mas não impossível. O Coritiba é muito forte, time de primeira divisão, mas podemos pelo menos devolver o mesmo resultado', comentou o meia Djalma. 'Agora conhecemos melhor o time deles e temos que tirar lições do que fizemos lá, de bom e de ruim', completou o lateral direito Yago.
O técnico Lecheva esconde parte das mudanças que fará na equipe. Das quatro que serão efetuadas, só não adianta as entradas dos meias Harison e Djalma. 'O que é certo é a entrada do Jairo (lateral esquerda), que tem características mais ofensivas, e o Ronaldo pela exclusão do Paulo (Rafael, goleiro expulso no jogo de ida). Do meio para frente ainda tenho algumas dúvidas', disse o treinador, que reconhece apenas que a forma que o time jogará é a mesma que todos projetam: para frente. 'Essa ofensividade já é natural do nosso time. Isso foi admitido em Curitiba, quando fomos para o ataque. Aqui, diante da nossa torcida e precisando do resultado, não resta dúvida que teremos que ir para cima.'
**Fonte JAmazonia
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