O Paysandu comemorou os 99 anos do clube ontem com um olho no treino e outra na missa: enquanto o time fazia um recreativo no campo da Curuzu, o padre Alberto Bresciani rezavam com uma camisa bicolor por baixo da batina, uma celebração pela trajetória vitoriosa do clube. O presidente Vandick Lima anunciou na ocasião a contagem regressiva para o centenário bicolor e garantiu que a diretoria trabalha para presentear a Fiel com o acesso à Série A no ano em que o Papão fará 100 anos de história.
Mais de cem pessoas representaram a Nação Bicolor na cerimônia realizada ontem na Curuzu, em comemoração aos 99 anos do clube alviceleste. A celebração começou com uma missa realizada no espaço coberto do estádio, ao lado das arquibancadas. A liturgia foi diferente do habitual. Após o sermão, o padre Alberto Bresciani abriu espaço para que os bicolores propagassem palavras de amor ao clube. E logo o presidente Vandick Lima foi à frente para falar aos seus fiéis e pregar a união. "Peço apoio não para a nossa diretoria, mas para o clube", disse ele, declarando aberta a contagem regressiva rumo ao centenário. "Quando vim jogar aqui já estava em fim de carreira. Encerrei essa carreira como ídolo e me sinto obrigado a retribuir fazendo de tudo por um time forte agora e no centenário", disse o presidente.
Ao fim da missa, depois de pedir que Deus acompanhasse os membros da assembleia, o padre ainda arriscou puxar um grito, prontamente aceito. "Garra, raça, ação. Viva o Papão", gritou ele, tendo um adendo ao seu coro. "Na Primeira Divisão", completaram os fieis. O motivo da empolgação do padre Bresciani foi revelado: por baixo da batina ele vestia uma camisa do Paysandu. "Foi a primeira vez que rezei uma missa com ela", disse.
Quando o atacante Zé Augusto chegou ao Paysandu, o Papão tinha "apenas" 82 anos. O tempo passou, os dois tiveram suas histórias misturadas e o ídolo dos bicolores pendurou as chuteiras. Mas há coisas que não mudam, como o prestígio que Zé tem com a torcida que ama. "O sentimento por fazer parte dessa história é de felicidade. Não tenho palavras para definir o amor pelo Paysandu. Sempre vou prestigiar as comemorações. E o torcedor vê isso, fica para sempre. Acredito que eles não vão esquecer do ‘Terçado’", disse o jogador, enquanto era disputado por fãs.
O clima de comemoração contagiou também os jogadores. "O Iarley falou na preleção do último jogo que deveríamos vencer pelo aniversário. Amanhã (hoje) contra a Tuna vamos tentar vencer e se eu marcar gol vamos cantar parabéns pro Papão, que ele merece", disse o meia Djalma, que fez o da vitória contra o Cametá. A festa de aniversário de 99 anos do Paysandu ainda teve um grande bolo em formato de campo de futebol, com o escudo do clube no círculo central. Quem ganhou a primeira fatia foi o ídolo Quarentinha.
**Fonte JAmazonia
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