sábado, 15 de fevereiro de 2014

Bruninho vira indispensável

Se o volante polivalente é uma certeza, Zé Antônio, suspenso, e Ricardo Capanema, machucado, não jogam

Bruninho chegou ao Paysandu para ser volante, mas joga como lateral esquerdo, meia e até de atacante quando há espaço. Essa versatilidade se traduz na disposição mostrada em campo, que por sua vez tem um lado ruim: o desgaste apresentado pelo jogador. Porém, com o clássico decisivo em vista, Bruninho diz que só pensará em cansaço a partir da segunda-feira.

Bruninho foi autor de um dos gols bicolores no empate contra o Paragominas no último sábado, com o campo encharcado. Depois teve uma bela atuação contra o Náutico-RR na estreia da Copa Verde. "Estou em uma batida forte, sábado e terça joguei. Mas agora é um clássico. O desgaste é normal. Estamos fazendo um trabalho excelente, espero estar inteiro e correr 90 minutos no domingo", disse.

Mas esse frisson causado pela proximidade da decisão contra o maior rival deve ficar fora das quatro linhas. Essa é a opinião do atleta, que prega concentração e respeito ao rival, que ainda por cima joga por empate nos dois jogos. "A euforia tem que deixar para os torcedores. A equipe tem que estar concentrada para tentar resolver em 90 minutos. Sabemos da qualidade do Remo. Vai ser difícil, os caras têm a vantagem e vão esperar o nosso erro. O clássico se decide em detalhes e não podemos entrar no sono: temos que estar espertos para fazer os gols e errar o mínimo possível", disse.

Porém, Bruninho não sabe, ou não revela, em que posição jogará neste domingo. Isso porque ontem Mazola escondeu a escalação da equipe. O que se sabe é das ausências certas de Zé Antônio, suspenso, e Ricardo Capanema, machucado e em tratamento. "Vamos deixar para o técnico resolver essa escalação. Ele tem até amanhã (hoje) e o início de domingo para definir. Sabemos que vamos ter desfalques. O Zé vinha jogando direto, faz falta na bola parada, é um excelente jogador no nosso meio campo. Mas quem entrar vai suprir bem", disse.

Meia Héverton afirma que já tem gás para encarar os 90 minutos Héverton vai tentar jogar pela primeira vez uma partida completa com a camisa bicolor. E, para isso, ele garante que se dedicará ao máximo em campo. A estreia do meia pelo Paysandu aconteceu no primeiro Re x Pa do ano, e o jogador até participou da jogada que abriu o placar em favor do Papão. Mas agora o clássico é decisivo, o que traz uma carga emocional maior para a partida.

Por ter chegado ao clube após o término da pré-temporada, Héverton passou o primeiro turno do Campeonato Paraense em busca do condicionamento físico. Mas, agora, com sequência de jogos, ele afirma já se sentir bem e condiciona sua permanência em campo durante toda partida à vontade do técnico Mazola Junior. "Vou entrar para dar o melhor em campo. Ficar os 90 minutos vai depender do treinador e do que for melhor para a equipe durante o jogo", observou.

E o ambiente do clássico, "respirado" ela torcida durante a semana inteira, também contagiou os atletas, que elegem valores como sabedoria e respeito para entrar em campo amanhã. Além de dedicação máxima. "O que se pode esperar, não só de mim, mas de toda equipe, é dedicação. Temos que ter muita sabedoria para jogar o clássico. Estamos preparados neste momento para a decisão, e vamos tentar fazer um bom jogo", assegurou.

E o conceito de sabedoria envolve o comportamento extracampo do plantel: declarações polêmicas foram vetadas. Provocações, praticamente banidas. "O professor sabe como é uma semana de clássico, está acostumado e soube conduzir isso bem. Cada palavra pode ser mal interpretada. É bom falar o mínimo possível", admitiu. E isso se aplica também ao que o Paysandu fez durante os últimos dias: nem a escalação da equipe foi revelada previamente pelo técnico Mazola Junior.

Porém, declarações, vantagens e fatores técnicos estão sujeitos a um componente natural: a chuva. Caso o jogo seja disputado sob um temporal e com poças no gramado, o jogo pode ser decidido também pela sorte. "Fica imprevisível. Está chovendo todos os dias. O jeito é nos adequarmos ao campo. Vai ficar ruim para os dois lados e vamos tentar ganhar da melhor forma possível", completou Héverton, revelando uma certa decepção com o Mangueirão. "Não era o que esperava encontrar quando vim para o Pará."

**Fonte JAmazonia

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