terça-feira, 27 de maio de 2014

Julgamento sob suspeita

O clássico Re x Pa está marcado para amanhã à noite, mas ele tem uma preliminar hoje, a partir das 17 horas. O atacante bicolor Jô será julgado pelo Pleno do TJD (Tribunal de Justiça Desportiva) pela expulsão no jogo contra o São Francisco que lhe rendeu seis partidas de suspensão. O jogador foi punido em primeira instância por ter sido julgado à revelia. No dia seguinte, o departamento jurídico tentou o efeito suspensivo, mas o auditor e relator do caso, Marcelo Lavareda, concedeu o efeito a partir de dois jogos cumpridos, o que o tirou do primeiro clássico. No entanto, no mesmo dia,  em conversa com amigos no aplicativo WhatsApp, Lavareda teria comentado o caso em um teor que, para os advogados do Papão, configurou uma irregularidade. Ontem, eles entraram com uma representação na Corregedoria do TJD e outra para o Pleno pedindo o impedimento e a suspeição do relator do caso.
Lavareda não foi encontrado pela reportagem para comentar o assunto. De acordo com o advogado Bruno Castro, o departamento jurídico do Paysandu não contestou a decisão do efeito suspensivo, mas estranhou demais a conversa vazada do aplicativo de celular. “Infelizmente aconteceu esse fato. O Paysandu e o atleta estavam se preparando para o julgamento quando foi espalhado pela internet o que teria acontecido. Ele analisou o efeito suspensivo e infelizmente o Jô não pôde participar do Re x Pa. Diante disso, o Paysandu se sente até com medo de o julgamento estar pré-determinado”, disse. “Hoje (ontem) a diretoria toma a medida que visa resguardar o campeonato, principalmente. Entramos com um pedido de providência na corregedoria contra o auditor e uma medida junto à presidência do TJD, pedindo o impedimento e a suspeição do relator. Entendemos que, diante do que aconteceu, essa postura não foi correta e maculou o julgamento”, completou Castro.
Na conversa que seria de Lavareda, publicada pelo blog do jornalista José Maria Trindade (tudaoetudinho.com), o perfil que seria do auditor comenta “Amigos... Deixei o Jô de fora do jogo... Primeira mão... Mas não digam para ninguém... Julgamento imparcial”. Os outros membros da conversa online riram da postagem, o que foi retrucado por uma afirmação de idoneidade: “Eu juro”.
Para os bicolores, algo que merece o afastamento do auditor ou até o adiamento do julgamento. Se isso acontecer, Jô estará livre para jogar amanhã, pois já cumpriu as duas partidas exigidas pelo efeito suspensivo da semana passada. Se o julgamento for mantido, o atleta só ficará de fora da partida se a pena de seis jogos for mantida ou alterada para uma quantidade maior que as duas que ele ficou de fora.
“Não tem como esse processo ser julgado como está, é o que entendo. O Paysandu tem provas que aconteceram algumas coisas no processo, o que foi confirmado na postura do auditor. Ele se posicionou como torcedor, infelizmente. Entendo que o auditor tem que se manifestar, com direito de ampla defesa. Mas, repito, entendo que o processo está maculado”, ratificou Castro.
**Fonte JAmazonia

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