Hoje à noite ou amanhã de manhã a delegação do Paysandu deve viajar para Barcarena para o que deveria ser uma intertemporada antes do começo das finais do Campeonato Paraense. 'Deveria' ser porque se antes o plano era passar dez dias no interior, esse número caiu pela metade. Domingo o time deve participar de mais um amistoso nessa fase de preparação, dessa vez com uma equipe amadora da cidade. Ou seja, de dez os dias de treinos passaram a ser de quatro apenas, já que o último dia será voltado para o jogo treino.
Um dos motivos que estava empacando a viagem, e que até ontem não havia definição oficial, é a exigência do técnico Roberto Fernandes da presença em Barcarena de um médico e um fisioterapeuta. Assim como os funcionários da Curuzu, o departamento médico do clube está com pelo menos três meses de salários atrasados.
Entre os jogadores, apesar do tempo reduzido dos dias no interior a iniciativa ainda se mantém válida. 'Serão poucos dias, mas às vezes quando a gente passa muito tempo fora não é legal. A gente vem treinando forte há tempos e esses dias fora serão bons. Agora é me recuperar nessa intertemporada para chegar forte nas finais', comentou o meia Andrey.
'Respondendo por mim, depois de tanto tempo afastado, é muito válido. Nós estaremos muito focados no trabalho e acho que mais do que isso já seria um pouco estressante, ficar pelo menos uma semana longe, com todo mundo reunido, vai ser bastante interessante', completou o zagueiro Diguinho.
O técnico Roberto Fernandes comentou sobre o amistoso de domingo, especialmente sobre a base da meninada. 'Primeiro foi deixar o time próximo ao ritmo de competição. O segundo foi conhecer o grupo. Alguns eu conheço, mas tem uma leva deles que não conhecia', disse. 'Acho que temos uma meninada boa na base. Isso traz várias vantagens. Baixa o valor com a folha salarial e dá oportunidade de trazer jogadores para entrar no time, não para disputar a vaga. Nós temos uma base, não só a garotada, por isso os reforços terão que ser pontuais', completou Fernandes.
O treinador ainda deve ter mais uma conversa com a diretoria sobre os reforços. Dos de fora do estado que foram anunciados, apenas o volante Rodrigo Pontes e o zagueiro Márcio Santos foram aprovados. Jogadores como Jeferson, Juliano César, Charles, Juliano e Andrade foram vetados. Ele preferiu não comentar sobre os atletas locais que estiveram em atividade no primeiro jogo da final do segundo turno: Robinho e Leandrinho (Cametá) e Fábio (Independente). 'A gente sempre observa, mas é um momento complicado de falar. São jogadores que ainda estão em disputa'.
Andrey e Diguinho voltam aos treinos; Carioca e Ari são vetados pelo DM - O dia de ontem marcou uma boa notícia para dois bicolores e uma ruim para outros dois. O meia Andrey e o zagueiro Diguinho foram totalmente liberados pelo departamento médico e começaram a trabalhar com bola, ao passo que o volante Alexandre Carioca e o zagueiro Ari foram vetados para os dias de treinos em Barcarena e correm o risco de não terem condições de participar do primeiro jogo da decisão do Campeonato Paraense, dia 19.
Ari sentiu a coxa direita no aquecimento para o amistoso de domingo e os exames de ontem atestaram uma contratura de grau um. Não é uma lesão considerada mais grave, mas que demanda um tempo de pelo menos dez dias para se recuperar. Já Alexandre deve ficar mais tempo, 15 dias parado, por causa de uma lesão no ligamento do joelho direito.
Se esses dois têm motivos para se preocupar, os que voltaram ontem eram só sorrisos. Depois de dois meses, Diguinho teve ontem no Paysandu praticamente um recomeço desde que chegou. Ele se machucou na estreia com a camisa bicolor e desde então lutava para se recuperar de uma lesão óssea entre a fíbula e a tíbia da perna direita.
'Foi a estreia mais traumática em minha carreira com todos os fatos que aconteceram numa partida só. Me machuquei faltando um minuto de jogo. Hoje (ontem) voltei a treinar com meus companheiros e apenas com as dores residuais', disse. 'Para mim é um recomeço. Cheguei aqui direto de uma competição exigente e no meu ápice técnico e físico. Agora volto praticamente do zero. Fisicamente tenho treinado há duas semanas, mas a parte técnica vai levar tempo. Só com treinamentos para me aprimorar', completou Diguinho, que trabalhou anteriormente com Roberto Fernandes no União São João-SP.
Andrey lesionou-se na penúltima rodada do returno, diante do Cametá. De fora, agora ele corre para recuperar o espaço que deu ao amigo Djalma. Segundo ele, vai ser uma disputa muito boa pela camisa dez, embora afirme torcer para que ambos tenham a oportunidade de jogarem juntos. 'Com certeza vai ser uma briga boa e saudável. Acabou essas coisas de não dar oportunidade para a base. Quem é bom tem que jogar e a gente já provou que tem qualidade. Eu e o Djalma somos parceiros e treinamos juntos desde novembro do ano passado. Se for preciso jogarmos juntos não será nenhum problema. Pelo contrário, seria muito bom.'
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