sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Situação de alguns jogadores continua indefinida no clube


Por mais que o presidente do Paysandu tenha negado que haja uma lista oficial de jogadores dispensados (ver matéria), os cinco que estariam em disponibilidade continuaram sem treinar ontem. Destes, o lateral esquerdo Jean e os zagueiros Jorge Felipe e Diguinho não teriam aceitado o retorno ao elenco e pediram para sair do clube. O também zagueiro Ari e o volante Charles Vagner continuam longe dos treinos e em situações indefinidas.

Leandro Camilo admitiu que a campanha contribuiu para o clima pesado e que só a classificação mudará esse panorama. "Esse jogo deixou o clima complicado. Nós temos que pensar na nossa partida e fazer nossa parte. Depois vamos ver quanto ficou o outro jogo. Teremos que começar bem. A primeira dividida tem que ser nossa porque não está nada fácil".

"Meus diretores falam demais", detona o presidente bicolor

Na terça-feira de manhã estava marcada uma entrevista coletiva na Curuzu onde o presidente Luiz Omar Pinheiro explicaria os motivos da troca de Roberto Fernandes por Édson Gaúcho no comando do elenco, quais as razões da desastrosa viagem de volta de Rio Branco (AC) em conta-gotas, quantos meses de salários atrasados havia e sobre as dispensas dentro do grupo. Como não apareceu, coube ao gerente de futebol Fred Carvalho falar sobre os assuntos. Na ocasião estava também o assessor de futebol Antônio Cláudio Louro, que falou sobre os assuntos.

Foi Louro quem, depois da coletiva, em entrevistas a algumas emissoras de TV, confirmou a lista de dispensas com cinco jogadores. À tarde, ainda em caráter extra-oficial, ela aumentou para seis. Ontem, Luiz Omar Pinheiro, bem a seu estilo, detonou o vazamento da informação.

"O Paysandu tem um desencontro de informações que vou te falar. Se tivesse mais tempo no Paysandu ia aconselhar todos meus diretores a ingressarem na Maçonaria para ver se aprendem a ficar calados. O problema é que falam demais, coisas que conversamos entre a gente é para ficar entre a gente, e não sair falando. Depois o presidente tem que dar satisfação. Conversamos que seria interessante enxugar o elenco porque a folha está alta, mas foi apenas uma conversa. Cinco dias a mais ou a menos não ia alterar nada. Aí, o idiota que fala essas porcarias, tem que engolir em seco", disse.

Na mesma entrevista o presidente confirmou que os salários estejam atrasados, mas deu a entender que os jogadores vêm recebendo vales para amenizar o problema. "Em momento algum disse que não estão com salários atrasados, dois meses. Mas mês passado eles receberam um mês e vamos tentar pagar mais um na sexta-feira. Aqui todo mês sai dinheiro, ninguém fica sem receber nada."

Pinheiro admitiu que foi feito um pedido de ajuda financeira à CBF e que ele ocorreu antes mesmo do começo da Série C e que, até agora, nenhuma resposta foi dada. A intenção dele é aproveitar a estada de Ricardo Teixeira em Belém para o amistoso da seleção dia 28 para reforçar esse pedido, inclusive - assim como planeja o Clube do Remo -, de alguma forma dar-lhe agrados.

"Não temos mais de onde tirar dinheiro para manter o plantel. Contávamos com uma receita entre R$ 800 mil a R$ 900 mil nesses jogos em Belém e não tiramos nem R$ 300 mil. Recorremos a CBF no começo do campeonato, não agora, e estamos esperando essa resposta", disse. "Quando o presidente (Teixeira) vier aqui vamos conversar com ele. Dependendo da disponibilidade vamos ter uma happy hour na sede para homenageá-lo com um título de sócio o Paysandu. Vamos ver se conseguimos comovê-lo e ajudar o futebol paraense", completou Pinheiro.

**Fonte JAmazonia

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