A torcida do Paysandu esteve em bom número durante o coletivo - treino técnico e tático - de ontem na Curuzu. Até aí, nenhuma novidade. O que estava longe do Leônidas Castro há tempos era a empolgação da Fiel com os treinos do dia a dia. A cada lance que saía como o combinado, a cada gol feito, a torcida comemorava com aplausos e gritos de incentivo. Para os bicolores, o recado foi bem dado e o incentivo ganhou um acréscimo significativo.
"Se tínhamos 50% de motivação, agora temos mais 50%. A gente joga para o torcedor e quem diz que o torcedor é burro, na verdade é ainda mais burro. O torcedor sabe ler o jogo. É claro que a gente tem que errar pela nossa cabeça, mas quando a torcida começa a conclamar pelo atleta é porque ele merece atenção", disse Édson Gaúcho.
"É gratificante ter a torcida ao nosso lado. É muito importante trazer ela para o nosso lado. Essa paixão ajuda demais. Nos treinos sempre tem muita gente e incentivando", confirmou Márcio Santos.
O meia Luciano Henrique já viveu o outro lado dessa moeda. Até o jogo com o Araguaína-TO ele era um dos que a torcida havia colocado o nome "costurado na boca do sapo". Mas a partir desses dois últimos jogos seu rendimento melhorou consideravelmente e, com ele, a fase de lua de mel com a torcida bicolor. "É importante esse apoio. O clube é movido pela paixão. Sabemos que ele faz muitos sacrifícios para nos prestigiar. No dia a dia, nos treinos,. Esse apoio é muito importante. É um incentivo maior para que a gente viaje e jogue por eles também", afirmou o meia-atacante.
"O atleta quando é aplaudido ele tem que retribuir com trabalho. O Josiel e o Luciano, que eram muito cobrados, hoje são olhados de forma diferente. É o que falo aos atletas, se não está num dia muito bom, então corra. Correndo o torcedor está vendo que você está empenhado", finalizou o treinador.
Ao comentar sobre o comportamento da torcida bicolor, o técnico Édson Gaúcho fez questão de lembrar do ocorrido no jogo entre as seleções do Brasil e da Argentina, quarta-feira passada no Mangueirão. O coro de 40 mil pessoas cantando o hino nacional até ontem era algo que o emocionava.
"Aconteceu uma coisa que a gente não vê mais. Quando estava no Criciúma-SC num jogo em São Paulo o hino nacional tocava e o time do Corinthians-SP entrava em campo, o que é um desrespeito. Na quarta-feira a torcida do Pará deu um exemplo de respeito ao Brasil todo. Isso tem que ser valorizado. Ninguém canta o hino nos jogos e aquilo emocionou demais. Foi um exemplo de civilidade."
Até o fato de a torcida paraense ter respeitado o hino argentino foi salientado pelo treinador. "É um jogo, não uma guerra. Tem que respeitar o hino do adversário, também", finalizou Édson Gaúcho.
**Fontr JAmazonia
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