segunda-feira, 3 de outubro de 2011

E o Papão já está enxergando a Série B


O retorno do Paysandu à Série B do Campeonato Brasileiro ficou ainda mais próximo depois da vitória de ontem à noite, a terceira consecutiva, sobre o Rio Branco (AC) por 2 a 1, na Arena da Floresta, numa partida em que a equipe alviceleste dominou o adversário do começo ao fim. O resultado, além de quebrar um incômodo tabu de vinte anos sem vencer no Acre, deixou o Papão na liderança isolada do grupo E da terceirona, com seis pontos e uma diferença de quatro pontos para os segundos colocados, sendo que os bicolores ainda vão realizar mais dois jogos em Belém.
Embora tenha saído atrás no marcador, o Papão foi superior desde os 45 minutos iniciais. A entrada de Robinho no meio-campo, que deixou o time bicolor mais rápido, e a atuação apagada de Testinha, um dos principais jogadores dos donos da casa, bastante marcado, contribuíram para a boa atuação da equipe paraense. Nem mesmo o gol do time acreano aos 16 minutos, por meio de Juliano César, abalou o Paysandu, que seguiu com a criação de jogadas, mas falhava na hora de concluí-las. Até que aos 29 minutos, num lance bastante contestado pelo adversário, os bicolores chegaram ao empate, com Márcio Santos, depois de cobrança de escanteio.
Se no primeiro tempo o Paysandu já havia sido superior, após o intervalo, então, os bicolores não deixaram o adversário jogar. Com as mudanças feitas pelo técnico Edson Gaúcho, as entradas de Rodrigo Pontes, Heliton e Tiago Potiguar, o Papão conseguiu proteger mais o sistema defensivo da equipe, com o apoio do meia Juliano, e ficou ainda mais agressivo no campo de ataque, com as arrancadas rápidas do trio de meias, com as descidas de Sidny pela direita. O gol da vitória, marcado pelo atacante Rafael Oliveira, só saiu aos 47 minutos, mas antes os bicolores perderam algumas chances de construir um placar mais amplo, o que, no entanto, não diminuiu o brilho da atuação do Paysandu. Tiago Potiguar ainda poderia ter feito o terceiro, mas Córdova impediu.
Para Edson Gaúcho, o trabalho é capaz de dignificar a alma bicolor
Para o técnico Edson Gaúcho, o resultado começou a ser construído ainda em Belém, antes mesmo do embarque do time para a capital acreana. O treinador valorizou a semana intensa de trabalho dos jogadores.
Na avaliação de Gaúcho, o time alviceleste sempre procurou o resultado com qualidade, com virada de jogo e bem posicionado, esforços que foram recompensados. “Isso aí premia os atletas, mas não pelo resultado de hoje, mas sim pela semana de trabalho. A vitória é consequência de um trabalho feito durante a semana. Não é de hoje, não. Isso que eu disse a eles: vocês não ganharam o jogo hoje, ganharam durante a semana toda”, explica o treinador.
Gaúcho valoriza o trabalho feito pelo time durante a semana. Ele entende que treinar todos os dias sob o calor de Belém não é fácil, mas também está muito longe de ser um sacrifício. “Todo mundo trabalha forte durante a semana naquele calor, treinando muito, sem reclamar, mas nós somos privilegiados por trabalhar com futebol. Mudou essa maneira de dizer que concentrar é sacrifício. Coisa nenhuma! Sacrifício vive um pai de família que trabalha como pedreiro, não tem dinheiro para pagar o ônibus e que quando chega na sua casa encontra dificuldade para dar comida aos filhos. Isso sim é sacrifício”, compara o comandante do Papão. 

**Fonte Diário do Pará

Nenhum comentário:

Postar um comentário