segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Papão: administração marcada por irregularidades


O Paysandu não apresenta um sistema administrativo-contábil confiável e, por conseguinte, os dados da prestação de contas do exercício de 2010 não devem apresentar fidedignidade. Foi o que concluiu a contadora Ana Rita da Silva Carvalho no relatório de autoria das demonstrações financeiras e gerenciais do exercício de 2010 do Paysandu, a pedido do Conselho Fiscal, que repassou o documento ao Conselho Deliberativo (Condel) do clube.
Com base no relatório, o conselheiro fiscal Raimundo Natalino fez um parecer pedindo para que as contas do mandatário bicolor do ano passado não fossem aprovadas. Segundo o documento, há dois depósitos feitos na conta do funcionário Marivaldo Cezário da Silva, quando as quantias deveriam ser enviadas à conta do clube. No primeiro, na data de 29/06, o valor é de R$ 1.537,90; no segundo, em 06/07, o valor depositado é de R$ 800,00. Além disso, a contadora também aponta falta de prestação de conta do adiantamento feito ao gerente de futebol alviceleste, Fred Carvalho, no valor de R$ 8.500,00, em 23/08.
Também faltam seis comprovantes de pagamento e/ou depósitos feitos na conta de Luiz Omar Pinheiro, totalizando cerca de R$ 230 mil, nos meses de fevereiro, julho, agosto, setembro e outubro do ano passado. Entre as pendências do mandatário alviceleste estão dois repasses de patrocínio no valor de R$ 68 mil cada, feitos diretamente para a conta corrente de Omar. Procurado pela reportagem, o presidente, que está em São Paulo em tratamento de saúde, foi informado dos fatos pelo seu filho, que foi quem atendeu as ligações, mas alegou não estar em condições de conversar.
Além da falta de comprovantes, o relatório denuncia ainda a ausência de comprovantes de receitas e despesas do mês de fevereiro, documentos pertinentes à negociação de jogadores, relação de créditos pertinentes a patrocínios, além de uma série de outros documentos solicitados, porém não apresentados à contadora, que os pediu com bastante tempo de antecedência, segundo o ofício.
O conselheiro Raimundo Natalino também acusa a inexistência de manuais de gestão e de procedimentos internos; do organograma da instituição; do orçamento do exercício 2010 analisado; do planejamento para o exercício 2010 analisado e do inventário patrimonial atualizado com o exercício em análise. 

**Fonte Diário do Pará)

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