Proposta será analisada

Luiz Omar leva valores oferecidos por Rafael Oliveira para aprecisação do Consellho Deliberativo

O presidente do Paysandu, Luiz Omar Pinheiro, informou ontem que o atacante Rafael Oliveira ainda não foi negociado. O dirigente afirma que recebeu uma proposta de grupo de investidores, que vai apresentar hoje ao Conselho Deliberativo do clube para ser analisada. Luiz Omar afirma que ainda não pode revelar o valor da oferta, mas diz que, da quantia oferecida, 20% iriam para o Paysandu, 30% para o jogador e 50% para o grupo de investidores. O dirigente revelou que Rafael Oliveira estava para ser negociado para a Portuguesa de Desportos, de São Paulo, quando o grupo entrou em cena. Segundo Luis Omar, aí a história mudou. Isso porque a proposta envolve dinheiro, enquanto que a oferta da Lusa não envolvia dinheiro.

Com a reapresentação do elenco marcada para daqui a uma semana, na segunda-feira dia 19, o Paysandu será o participante da fase principal do Campeonato Paraense que mais tarde começará a fase de preparação. A diretoria terá apenas os próximos sete dias para fechar o grupo que começará a disputa da competição. Por enquanto, o Papão tem jogadores suficientes, no entanto mais da metade é composta por jogadores vindos da base ou que já estavam no elenco principal, mas tiveram poucas chances. Os próximos dias devem ser decisivos para a formação do grupo.

Antes de contratar, o que só deve acontecer após a contratação de um técnico - Andrade ainda é o preferido. Mas a semana deve ficar marcada pelo processo de renovação dos que ainda interessam. Do elenco remanescente desse ano, quem interessa são: o goleiro Alexandre Carioca, o zagueiro Leandro Camilo, o lateral esquerdo Rodrigo Cardoso, os volantes Vânderson e Mariano Rubbo e o atacante Zé Augusto. A essa lista supostamente seriam acrescidos os nomes do zagueiro Vagner e do meia Juliano, mas estes deixaram Belém sem a certeza da diretoria quanto ao retorno deles.

Parte das dificuldades tanto para a renovação quanto a contratação passa pelo maior entrave do futebol paraense, a falta de recursos. Todos os jogadores que estão por renovar têm salários atrasados por receber. Uns, pouca coisa, a maioria, muita coisa.

Por isso a diretoria corre para tentar negociar ainda nos dias que virão o atacante Rafael Oliveira. Mesmo que não encontre um clube necessário, a ideia é vender partes dos direitos federativos do atletas a um grupo de empresários para que este fique com a responsabilidade de encontrar um time com maior visibilidade e poder aquisitivo. O lateral direito Cláudio Allax, os meias Robinho e Thiago Potiguar também estão sendo oferecidos, mas estes sem maiores interessados. O problema com Potiguar é que ele já demonstrou interesse em deixar o clube, querendo ser emprestado. Faltam interessados, por enquanto, em bancar o mesmo salário que ele recebe na Curuzu.

Julgamento - Está marcada para a audiência preliminar sobre o tumulto ocorrido no jogo entre Paysandu e América-RN, dia 25 de setembro, nos arredores da Curuzu, pela Série C do Campeonato Brasileiro. Antes da partida, facções de torcidas organizadas brigaram do lado de fora do estádio, interrompendo o tráfego na Avenida Almirante Barroso. Quatro "torcedores" do time bicolor são acusados de comandar a briga de torcidas, que acabou com duas pessoas baleadas e 13 detidas. Hoje serão ouvidos três policiais militares que estavam de serviço no estádio no dia do confronto e que efetuaram as prisões. Os depoimentos acontecem no 4º Juizado Especial e Criminal de Belém. Os suspeitos da confusão foram enquadrados no artigo 41 do Estatuto do Torcedor, que pune quem "provoque tumultos, prática ou incitação à violência, invasão de local restrito a competidores em eventos esportivos".