domingo, 10 de março de 2013

Lecheva quer manter time focado no objetivo


Não é preciso ir muito longe para relembrar que muitos times, no auge de suas conquistas, acabam trilhando alguns caminhos tortuosos e muitas vezes decaem inexplicavelmente, quando, em tese, vivem – ou viveram há pouco tempo – momentos de glória nos gramados. Mas, afinal de contas, qual é o risco de queda para um time estabilizado dentro e fora de campo?
Trazendo o assunto para a esfera estadual, o Paysandu conquistou há uma semana o título de Campeão da Taça Cidade de Belém, e já na quarta-feira (6), viajou a Santarém para a estreia no segundo turno. A maratona de jogos acentuada muitas vezes prejudica o atleta, sobrecarregado na parte física e caso não haja preparo da comissão técnica, o resultado pode ser catastrófico.
Mas essa realidade, ao menos dentro do Paysandu, vem sendo contornada de maneira equilibrada. Além da preparação anterior ao campeonato, existe o cuidado de projetar, com baixa margem de erro, o tempo exato para medir quanto esse jogador pode ser exposto à maratona de jogos sem maiores danos à parte física. Quando esse cálculo falha, o resultado é catastrófico.
Atletas passam a visitar com frequência o departamento médico, comprometendo o trabalho tático lá na frente. Sem peças, o técnico precisa improvisar, pondo em risco o time. Recentemente com a vitória sobre o São Francisco, por 2 a 0, em uma atuação apática, a questão veio à tona e o técnico Lecheva foi taxativo em sua opinião. “Na minha equipe não há espaço para jogadores que queiram relaxar”. A frase resume bem o objetivo, mas deixa a dúvida: o que fazer para garantir o selo de qualidade Lecheva? 
Em mais de 15 anos de carreira, Lecheva colecionou belas conquistas como jogador e agora como técnico. Tamanho gabarito o deixa confortável para responder quanto o time pode ser afetado pela comodidade. “Nós sabemos que o psicológico do ser humano é complicado, mas eu espero que aqui não aconteça isso, sobretudo por termos um grupo forte e unido”, diz.
Quando sentiu necessidade de reforçar o alerta, o técnico não economizou palavras. “Hoje existem 11 jogadores atuando como titulares, mas temos ao mesmo tempo mais 15 opções, no mínimo, todos querendo jogar. Ou seja, aquele que relaxar, e que eu sentir isso, estará com sério risco de perder a vaga na equipe”, garante.
E exemplos, de acordo com ele, não faltam. “Na minha equipe a acomodação pode penalizar o atleta a perder a vaga no time, haja vista o último jogo que serve de lição. O Héliton entrou bem, o Lineker também. Então, já deixei o recado e alertei novamente, não vou aceitar relaxamento”, assegura. Até o momento a única ausência mal explicada, justo na reta final do 1º turno, foi a de Rafael Oliveira, que passou a sentir dores às vésperas da decisão. Após exames, nada constou e o atleta seguiu por duas partidas sem ser relacionado. Apesar disso, Lecheva diz não ter percebido “corpo mole”.
**Fonte Diário do Pará

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