segunda-feira, 17 de março de 2014

Paysandu abre vantagem

Em jogo equilibrado pela semifinal da Copa Verde, equipe bicolor derrota o Leão Azul e agora pode empatar.

O Papão está a um empate da decisão da Copa Verde. Ontem, a equipe bicolor deu um passo importante rumo à final da competição inter-regional ao bater o Remo por 1 a 0 no Mangueirão. Jogar em um gramado seco, como ambos os times desejavam, porém, não foi o suficiente para um bom jogo: o clássico foi marcado muito mais pela disposição do que pela técnica - pesou a favor do Papão o maior equilíbrio tático, que fez o time ditar o ritmo do jogo.

Durante a semana, as duas equipes terão compromissos pelo Parazão - o Remo enfrenta o Santa Cruz na quarta e o Paysandu pega o Paragominas no mesmo dia - mas dificilmente pensarão em algo além do reencontro no próximo domingo.

A regularidade do Paysandu foi o que pesou a favor do time desde o início do jogo: o que se viu quando a bola rolou foi, do lado alviceleste, jogadores que sabem onde se postar em campo, e do azulino, desorganização - pouca coisa diferente do que foi mostrado na quarta-feira. Porém, ainda era um clássico. E, por mais que o Paysandu adiantasse a marcação quando o Remo saía jogando, forçando chutões, o ímpeto dos atletas acabava por equiparar certas forças e fazia a superioridade bicolor se restringir à posse de bola.

E foi no toque de bola que o Paysandu foi avançando rumo ao terreno remista. O último passe, porém, não acontecia: o Remo, com três zagueiros, fechava a entrada da área, e os laterais bicolores, para não desguarnecer a retaguarda, não iam até a linha de fundo. Por isso, o primeiro susto que o Papão deu no rival foi com uma contribuição azulina: Max se enganou com o quique da bola, pulou antes e não achou nada: viu apenas Lima ficar sozinho com a redonda. O artilheiro da Copa Verde ajeitou o corpo e chutou cruzado, acertando a trave de Fabiano.

Mas, apesar de jogar com apenas três homens com vocação ofensiva - Eduardo Ramos, Thiago Potiguar e Leandrão, já que Jonnathan pouco subia - o Remo também teve um momento bom no primeiro tempo, em um misto de individualidade e disposição. Potiguar driblou um marcador dentro da área, mas ficou sem opção de passe. Ele então recuou para o 33, que rolou para Leandrão. O contestado atacante azulino arriscou de fora um chute semelhante ao que o Lima acertara, e que teve o mesmo destino: a trave de Matheus.

O equilíbrio do primeiro tempo, porém, durou pouco no segundo. Pikachu e Héverton começaram a se entender no ataque do Paysandu. Na primeira boa jogada que tramaram, o lateral passou para Héverton e invadiu a área esperando a devolução. Mas o camisa 10 bicolor optou por chutar de voleio e desperdiçar a chance. Logo depois, porém, Djalma lançou Pikachu, que esperou a bola quicar e mandou um cruzamento alto na área, mas que caiu exatamente onde Héverton estava. Sua atenção no lance compensou a baixa estatura e fez com que ele ganhasse de dois zagueiros maiores e cabeceasse para abrir o placar.

Antes da jogada do gol bicolor, Val Barreto se aquecia para substituir Leandrão. O gol não alterou os planos de Agnaldo, que mandou o talismã remista para campo. Porém, ontem, Val Barreto, além de apagado, prejudicou o Leão: em uma disputa de bola com Pikachu, ele pisou na barriga do bicolor. O lance foi flagrado pelo assistente, que determinou a expulsão do atacante. Com um a menos, o Remo parecia longe de reagir. Mas, como lembramos, tratava-se de um clássico. E, para mostrar que não há nada decidido, o último lance do jogo foi o chute de Max, que parou no travessão de Matheus.

O primeiro clássico terminou com vantagem bicolor, mas o certo é que as cenas do próximo capítulo serão cheias de emoção.

**Fonte JAmazonia

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