segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Papão vai decidir a vaga perto da fiel

Time empata com o Fortaleza e agora terá dois jogos em Belém

Diz-se no futebol inglês que, quando um time arma uma retranca, ele “estaciona um ônibus em frente à área defensiva”. Talvez pensando nesse dito que o técnico Mazola Júnior armou o Paysandu nas duas partidas seguidas fora de casa contra o primeiro e o segundo colocado do Grupo A da Série C do Campeonato Brasileiro. A estratégia defensiva ao extremo surtiu um efeito melhor do que o esperado pelos bicolores, que previam dois pontos contra Botafogo-PB (2º) Fortaleza-CE (1º) e conseguiram quatro. Semana passada o Papão venceu em João Pessoa (PB) e ontem empatou sem gols com o Tricolor do Pici na capital cearense. Com 20 pontos na quinta colocação, o time paraense está a apenas um do G-4 e vai para dois jogos seguidos na Curuzu, ambos com expectativa de casa cheia. No próximo sábado, às 18h30 o jogo será contra o Cuiabá-MT. Na segunda-feira, 29, às 21h30, o adversário será o Treze-PB.
Para o jogo desse final de semana, o técnico Mazola Júnior já deve ter à disposição o meia Héverton e o atacante Dennis, que ficaram de fora por causa de lesões. O também atacante Ruan, que já está no trabalho de transição depois de ser liberado do departamento médico, também corre contra o tempo para ser relacionado. A ausência será o volante Augusto Recife, que levou o cartão vermelho ontem e terá que cumprir suspensão automática.
Em dois confrontos fora em que o setor defensivo foi o destaque, os zagueiros foram alguns dos mais elogiados. Para Charles, que pode estar vivendo seus últimos dias na Curuzu (ver matéria), comentou que a garra apresentada nas últimas partidas tem sido o diferencial na recuperação no campeonato. “Às vezes não dá na técnica, então tem que ser na vontade. Fomos guerreiros, lutamos, demos carrinhos e conseguimos um bom resultado”, disse. “Sabemos que não chegamos ao nosso objetivo, ainda. Conseguimos bons pontos fora de casa, mas ainda temos que lutar muito por essa classificação”, completou Charles.
Para Fernando Lombardi, o 0 a 0 de ontem deve ser comemorado pelo que aconteceu durante os 90 minutos. “Foi bom dentro das circunstâncias. Suportamos bem e de forma consciente. Queríamos a vitória, mas empatar aqui com o Fortaleza não é fácil.” O zagueiro salientou a importância das duas rodadas seguintes dentro de casa depois de bons resultados como visitante. “Foram dois jogos difíceis fora de casa contra equipes que estão no G-4. Nós nos portamos muito bem defensivamente e tivemos muita entrega. Agora são dois jogos dentro de casa e contamos com a ajuda do torcedor para tentarmos a nossa classificação.”
Expulsão no 2º tempo foi injusta, diz meio-campista bicolor
Na metade do segundo tempo, em uma disputa de bola entre volantes, o bicolor Augusto Recife afastou a bola da área paraense e deixou o pé no movimento que fez, acertando a coxa do tricolor Guto, que em seguida agrediu o adversário sem bola. Diante de reclamações dos dois lados, o árbitro baiano Marielson Alves Silva optou pela decisão mais fácil e deu cartão vermelho para ambos. Para o jogador do Paysandu, uma injustiça. “Todos viram que eu fui agredido e, infelizmente, o árbitro não teve peito de expulsar apenas o jogador do Fortaleza. Paguei por algo que não fiz”.

Sobre o jogo, Recife garante que a postura quase que exclusivamente defensiva não foi necessariamente uma orientação do treinador e sim uma circunstância do confronto. “Não foi uma orientação. Tentávamos sair, mas o Fortaleza marcou bem, também. Tivemos humildade nesse momento e isso é importante para quem quer se classificar. Ainda assim, o time está de parabéns pelo que fez. Mais um jogo sem levar gols e diante de uma equipe muito forte. Acima de tudo, o importante foi o resultado. Agora, vamos para dois jogos decisivos dentro de casa.”

O meio-campista faz um paralelo entre a atual campanha com a de 2012, quando o Papão conseguiu a classificação nas cinco rodadas finais e conquistou o acesso no mata-mata. Para ele, o time bicolor tem mostrado poder de decisão nas últimas partidas e isso pode fazer diferença a partir de agora. “Está sendo parecido com 2012. O time é humilde sabendo que tem que marcar fiorte sempre. Estamos encarando esses jogos sempre como se fosse o último, sempre uma decisão.”
**Fonte JAmazonia

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