domingo, 6 de dezembro de 2015

“Mais do que um time”

Presidente Alberto Maia faz balanço do 1º ano de gestão e diz que Papão agora é um clube de verdade

No departamento de futebol do Paysandu, a temporada 2015 não vai ser concluída melancolicamente, como se pode supor, segundo uma análise fria relacionada à ausência de títulos. A campanha da equipe na Série B do Campeonato Brasileiro, alcançando a sétima posição, surpreendeu e deu a sensação de que a temporada foi bem-sucedida. Mas o Paysandu deixou de ser apenas um time de futebol, de acordo com um argumento do próprio presidente bicolor, Alberto Maia.
Prestes a completar um ano na condição de mandatário máximo do Papão, Alberto Maia fez um balanço da sua gestão. A seguir, os principais trechos da entrevista.
 Categoria de base
 Vou ser franco: me dói quando falo em divisões de base. A divisão de base do Paysandu quase não existe. A primeira coisa que a divisão de base tem que ter é um CT. Depois, ter todos os profissionais para trabalhar esses jovens e crianças que têm o desejo de se tornar jogadores profissionais. Na verdade, temos é que agradecer. De vez em quando, conseguimos ter um atleta de qualidade. Do jeito que trabalhamos na base, nós corremos riscos, o principal, é o de ter um atleta de qualidade, mas um atleta sem inteligência, sem caráter e sem personalidade. Correremos esse risco. Nós não preparamos o atleta. Não temos o psicólogo. Não temos médico à disposição, não temos o odontólogo. Os profissionais da base são verdadeiros heróis.
 Centro de Treinamento
 Para ter esse CT, precisaríamos de um investimento de R$ 5 a 6 milhões, dinheiro que o Paysandu não tem. Penso que precisamos nos estruturar e o compromisso da Novos Rumos é esse. Sei que é um fardo pesado. A torcida quer títulos, eu também quero. Até porque ano que vem, darei por encerrada a minha colaboração. No que tange ao CT, temos até 2020 trabalhando. Não sei se será nessa gestão ou na próxima gestão.
 Contratações
 Contratamos 30 jogadores por ano porque não temos base. Essa é uma realidade nua e crua. O que precisamos é começar. O Paysandu nunca trabalhou a sua base. Quando assumi, fiquei envergonhado quando vi a situação da base. Só vamos mudar a história no dia que o Paysandu tiver um Centro de Treinamento. Só vamos alcançá-lo com muito trabalho e com o sócio bicolor do nosso lado, que é fundamental.
 Sócio-Bicolor
 Neste final do ano, o Paysandu pagou R$1 milhão em rescisões e impostos, tudo graças ao sócio bicolor e a nossa torcida. Se o sócio bicolor nos ajudou, vamos trabalhar mais e mais para atingir o nosso objetivo.
 Estrutura
 O Paysandu deixou de ser uma equipe de futebol. O Paysandu é um clube. E quando pensamos o Paysandu como clube, temos que pensar em todos os setores. Quem diria que nós teríamos uma sala de imprensa como temos? Quem diria que teríamos um analista de desempenho? Quem diria que nós teríamos um hotel concentração que está ficando pronto? Quem diria que teríamos um gramado como o da Curuzu com um alambrado de vidro?
 Dificuldades
 A projeção é que as dificuldades se estendam até 2020. As dificuldades são grandes e desproporcionais. Vamos disputar uma Série B com o Paysandu ganhando em torno de R$ 4,3 milhões, enquanto que os outros clubes ganhando 10 vezes mais. Este ano, quem subiu foram Botafogo, Vitória, Santa Cruz e América, clubes como Botafogo e Vitória ganhando muito mais que o Paysandu. Clubes com estrutura e CT.
 Acesso 
 Meu maior sonho era que o Paysandu pudesse subir para a Série A. Em março, definimos uma premiação milionária. O intuito foi subir e não se manter, como se propagava. O acesso à Série A teria uma premiação de R$ 2 milhões. Nenhum clube da Série B deu essa premiação. A melhor premiação foi R$1,5 milhões.
 Novos Rumos
 Desde a gestão do Vandick, se instalou uma confiança na juventude que está na Novos Rumos. Os nossos cardeais, beneméritos nos confiaram a condução do clube. É importante dizer que nós sempre informamos aquilo que estamos fazendo para o bem do Paysandu. Estamos trabalhando no sentido de fazer o Paysandu mais forte, mais organizado.
**Fonte JAmazonia

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