quinta-feira, 16 de junho de 2016

Dal Pozzo enaltece postura do time, elogia Jhonnatan e pede reforços

A mudança de postura do time foi imediata, e Gilmar Dal Pozzo deixa o Estádio da Curuzu, na noite desta terça-feira, satisfeito com a primeira partida do Paysandu sob seu comando. Com a vitória por 1 a 0 diante do Avaí (veja os melhores momentos no vídeo acima) o Papão chega a dois jogos sem tomar gols, número expressivo para a segunda pior defesa da Série B do Brasileiro. O trabalho está apenas começando, e o treinador espera uma evolução maior nos próximos jogos.
– Correspondeu (as minhas expectativas) na nossa atitude, a nossa postura sem a bola. Já é o segundo jogo que a nossa equipe não toma gols, dá poucas oportunidades ao adversário. Agora temos que melhorar na construção de jogadas, e isso demora um pouco, requer um pouco mais de tempo. Só com o tempo e os jogos vamos conseguir ser mais objetivos, trabalhar melhor a bola. O Jhonnatan e o Rafael Costa foram muito bem pelo lado direito. O Alexandro vinha jogando muito isolado no último jogo, detectamos e hoje conseguimos melhorar isso – contou Dal Pozzo.
Entre as principais mudanças pedidas pelo técnico no único dia que teve para treinar o time, segunda-feira, foi diminuir os espaços do adversário marcando pressão, desde a saída de bola. A nova forma de jogar ficou clara logo nos primeiros segundos do jogo contra o Avaí.
– Aquilo que nós treinamos ontem (segunda-feira) à tarde os jogadores entenderam a ideia. Sem a bola, marcação pressão, alta. Nos primeiros 30 minutos conseguimos fazer isso com muita força, criamos algumas oportunidades e consequentemente fizemos o gol. Até demorou o gol, por aquilo que nós estávamos produzindo. Continuou a pressão alta, não deixando o ala jogar e sendo superior. O Avaí é uma equipe rápida nos contra-ataques, tomamos alguns, mas sem dar chances claras de gols. Essa postura cansa bastante. Fizemos todo o primeiro tempo assim, e depois é claro que recuamos no segundo, por causa da questão física. O jogo ficou parelho, sem chances claras nenhum dos lados. O jogo foi muito intenso. Não conseguimos encaixar o contra-ataque e eventualmente conseguimos manter a posse de bola – analisou.
Outro trabalho interno do treinador foi buscar recuperar a confiança dos jogadores, principalmente aqueles mais desgastados com a torcida, como Edson Ratinho e Rafael Costa, vaiados no último jogo em casa, contra o Náutico.
– Em relação a triangulações a gente conseguiu trabalhar bem o lado de campo, principalmente com o (Edson) Ratinho. Ele tem muita qualidade e não desaprendeu a jogar. Por conta de um jogo em que todo mundo foi mal, eles foram responsabilizados. Convencei com o Ratinho para ele voltar a ter mais alegria e tranquilidade. No lado esquerdo também funcionou, com o Fabinho e a passagem do Lucas. Tivemos dificuldades por dentro, por conta da postura do adversário. O Lucas Sá avançou e atrapalhou as subidas do Recife. Temos que melhorar por dentro, mas também foi em função da qualidade do adversário. Os atletas vinham sendo cobrados. A melhor maneira de reverter isso é a comissão técnica dar moral. Colocamos autoestima deles para cima, fazendo eles entenderem a responsabilidade que têm, mas que podem render mais jogando com o apoio do time – explicou.
Veja outros pontos da entrevista de Gilmar Dal Pozzo
Escalação com três volantes

– Tem que ver o material humano que a gente tem. Ano passado era essa formação que o Paysandu tinha, com Fahel, Augusto Recife ou eventualmente o Capanema, e o Jhonnatan jogando muita bola, deixando a passagem para o Pikachu. Foi o que buscamos fazer novamente hoje. Na verdade o Jhonnatan não foi volante hoje, foi um meia-atacante. Eu procuro chegar nos clubes, ver as características dos jogadores, e a gente trabalha em cima disso. Eu busco o equilíbrio nas minhas equipes.

Busca por reforços

– Eu aceitei vir para o Paysandu porque sabia que o elenco tem qualidade. É o mesmo elenco que venceu dois campeonatos em quatro meses. Então sabia da qualidade. Porém nós identificamos que vamos precisar contratar. Continuamos com a necessidade de trazer reforços. Isso está dentro do planejamento que traçamos com a diretoria quando assinei contrato e a vitória de hoje não vai mudar isso. Nós precisamos de reforços no meio-campo, isso é fato.

**Fonte GloboEsporte/PA

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