terça-feira, 27 de setembro de 2011

Bicola passa a “sacolinha”


A arrecadação de domingo, R$ 230.217,50, foi considerada pela diretoria do Paysandu o principal revés do final de semana. De acordo com o presidente Luiz Omar Pinheiro, o clube terá que "rodar a sacolinha" entre colaboradores e contar com a ajuda dos torcedores para bancar os custos das viagens das duas próximas rodadas, ambas fora de casa. Nesse final de semana o Papão vai a Rio Branco (AC) encarar o Estrelão e no dia oito de outubro a Maceió (AL) enfrentar o CRB-AL.

"Se você perguntar hoje se eu tenho dinheiro para viajar, eu vou dizer que não tenho. Então eu já estou telefonando para os grandes bicolores para fazermos uma coleta, eu não tenho vergonha de dizer isso, para a gente comprar essas passagens e viajar", confirmou Pinheiro. A partir de hoje o site oficial do clube deve ter um número de uma conta bancária que estará recebendo doações.

Segundo o presidente, a briga de torcidas do lado de fora da Curuzu horas antes do jogo afastou muitos torcedores. Ele mesmo admitiu que, fosse torcedor, não iria ao estádio caso soubesse da confusão.

"Muitos torcedores foram embora e a renda foi só de R$ 230 mil. Mais uma vez atrapalha o nosso planejamento. Eu se estivesse em minha casa e soubesse que estava tendo uma guerra perto da Curuzu não viria. Segurança em primeiro lugar. Quem tinha ingresso para a cadeira cativa foi muito prejudicado para poder entrar", disse. "Eu quero até fazer um pedido para a nação alvi-azul, todos aqueles que amam esse clube porque o Paysandu para realizar esses dois jogos agora fora de casa vai precisar de aproximadamente R$ 130 mil. As passagens para o Acre custam R$ 63 mil; o hotel em torno de R$ 15 mil, para Maceió tem mais R$ 50 mil de passagem e mais hotel, dá um orçamento de mais ou menos R$ 130 mil. É um absurdo fazer duas viagens e gastar tudo isso", completou.

Saldo - Um dos saldos da confusão entre membros de organizada no domingo à tarde é que um grupo de seis "torcedores" do Paysandu será indiciado pela Polícia Civil do Pará. Eles são os suspeitos de provocar a briga antes de Paysandu e América-RN. Identificados como responsáveis por dar início à confusão, eles foram liberados ainda domingo mesmo, mas serão indiciados sob o artigo 41 do Estatuto do Torcedor, que considera crime promover tumulto, praticar ou incitar a violência em eventos esportivos.

O confronto ocorreu na entrada da Curuzu. Torcedores do Remo estavam concentrados em um posto na esquina Travessa Antônio Baena em companhia dos torcedores do América-RN. Por causa da rivalidade os torcedores começaram a brigar por volta das 14 horas.

A Polícia Militar interveio com balas de borracha e bombas de efeito moral, o que aumentou a confusão na Avenida Almirante Barroso. Após a ação, 30 pessoas foram levadas à delegacia, mas somente seis, identificadas como torcedores do Paysandu, ficaram detidas.


**Fonte JAmazonia

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