“Não tem mais time bobo”

Por mais que o América-RN tenha sido o melhor time que o Paysandu já encarou até aqui na Série C, o que só confirmou a expectativa pelo jogo, o técnico do Dragão, Flávio Araújo, exagerou ao afirmar que a partida foi equilibrada e que deveria ter tido sorte melhor. "O jogo estava equilibrado, conseguíamos segurar a bola e dominar os avanços do Paysandu até aquele momento final. Futebol tem dessas coisas. A distância entre o gol perdido e o gol levado foi muito pequena. Fiquei satisfeito com a atuação da equipe, mas ficou o resultado ruim. Agora é levantar a cabeça para receber o CRB em casa."

A afirmação mereceu réplica do comandante bicolor, que rebateu com ironia a análise de Araújo. "De fato eles tiveram uma chance, nós tivemos umas dez. A equipe deles foi covarde e isso é choro de torcedor. Ele deve ter visto outro jogo ou dormido no banco para ver só essa chance", disse Édson Gaúcho.

No entanto, o técnico da equipe paraense fez questão de elogiar o adversário de ontem, ao mesmo tempo em que garantiu que o Paysandu não vai mudar a forma de atuar na próxima rodada. "Agora não tem mais time bobo. O América-RN veio para jogar em nosso erro, nunca procurou atacar. Eu disse aos atletas para terem calma que o gol chegaria", afirmou. "O Rio Branco tem qualidade, mas vamos em busca de pontos. 

Quem quer subir não pode viver somente do dever de casa. Respeitamos o Rio Branco-AC, mas não vamos mudar em nada nossa forma de jogar. Vamos para cima", completou o treinador.

Gaúcho salientou a superação de seus comandados e a importância da torcida na vitória de ontem. "Correr 90 minutos com esse maçarico na cabeça é difícil. Então, essa doação em campo me deixa satisfeito e à torcida também, que cantou do começo ao fim. Essa empatia com os atletas me deixa feliz". Ele só esbravejou com a perseguição de alguns torcedores a certos jogadores. "Têm uns espíritos de porco que me tiram do sério. Quem não viu o Josiel correndo do começo ao fim para tratar ele mal quando foi substituído? Isso aí não é torcedor, não. Melhor nem vir para o campo".

**Fonte JAmazonia