Rio de Janeiro, RJ, 21 (AFI) - A bagunça que havia no futebol brasileiro até cerca de 15 anos atrás com a farra dos clubes usarem a Justiça Comum para paralisar campeonatos, está de volta pela mãos do Rio Branco-AC. Depois de ser eliminado da Série C na última semana por ter se utilizado da Justiça Comum do Acre para mandar seus jogos no interditado estádio Arena da Floresta, o Rio Branco voltou a ingressar na Justiça Comum e conseguiu voltar à competição, que está na segunda e decisiva fase.
Mas na noite desta sexta-feira, em nova decisão da Justiça Comum, o Grupo "E" da Série C está suspensa até decisão definitiva da Justiça, ou se a vaga é do Rio Branco ou do Luverdense-MT. Não há previsão para esta decisão judicial.
Mais duelos jurídicos
A nova decisão ainda cabe recurso, podendo o Superior Tribunal de Justiça e até o Supremo Tribunal Federal a mudarem a decisão da noite desta sexta-feira, o deixa o futebol em situação vulnerável. Tudo isto graças ao Rio Branco do Acre que está agindo da mesma forma política que agiam dirigentes que usavam o futebol para dividendos eleitorais entre os anos 1960/1980. é uma triste volta ao passado.
Assim, o jogo entre o Rio Branco contra o América-RN, marcado para domingo, em Rio Branco-AC, já foi cancelado pela CBF. A medida foi tomada pelo dirigente Virgilio Elísio, baiano que é Diretor de Competições da entidade, e muito respeitado por sua seriedade. Após receber um FAX do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro comunicando-o da decisão, ele não titubeou e cancelou o jogo no Acre.
Entendendo o caso
Graças a uma decisão liminar do Juízo da 4ª Vara Cível do Forum Regional de Jacarepaguá - Comarca do Rio de Janeiro, o Rio Branco conseguiu voltar à Série C. Foi uma ação de nulidade proposta contra a Confederação Brasileira de Futebol e contra o Superior Tribunal de Justiça Desportiva. O time do Acre está sendo representado pelo advogado carioca Tiago Coelho Amaro.
Mas a CBF respondeu a esta ação e apresentou recurso ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro contra a decisão da 4ª Vara Cível e Jacarepaguá. E, na noite desta sexta-feira, o Desembargador Ricardo Couto de Castro da 7ª Câmara de Direito Civel, entendeu que a CBF está certa e, em um Agravo de Instrumento, determinou a paralisão da Série C, pelo menos os jogos do Grupo E.
Na decisão do Desembargador Ricardo Couto, proferida na noite desta sexta-feira, ele não exclui o Rio Branco e nem coloca o Rio Branco na segunda fase da Série C, mas manda paralisar o Grupo "E" enquanto não houver decisão definitiva se a vaga nesta segunda fases é do Rio Branco-AC, através de subterfúgios jurídicos, ou do Luverdense-MT, conquistada dentro da legalidade e dentro de campo.
Caso o Rio Branco permaneça na competição será aberto um precedente de proporções negativas infinitas, já que qualquer clube poderá ir para a Justiça Comum sem que haja punição.
**Fonte Site futebolinterior.com.br
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