Indefinição continua nos bastidores

A expectativa de que a CBF e o Luverdense-MT conseguissem cassar a liminar dada ao Rio Branco na Justiça Federal do Acre saiu de ontem para hoje. A Justiça Federal do Rio de Janeiro deve se pronunciar hoje quanto a cassação da liminar que incluiu de novo o time acreano na Série C. Para muitos, é dada como certa a suspensão dos jogos por parte da CBF para evitar maiores problemas futuros. A questão pode empacar a disputa do Grupo E, o do Paysandu. Por enquanto, amanhã está confirmada a partida entre o Estrelão e o América-RN, na Arena da Floresta. Para os jogadores do Papão, a indefinição traz uma ansiedade que só é atenuada pelos treinos. Segundo eles, essa é a única saída para tentar se manter alheio ao tapetão e focados nos jogos que virão. Sejam eles quais forem.

"É lógico que a gente queria que o campeonato terminasse logo para seguirmos a nossa vida, mas a maior culpada de tudo isso é a CBF. Deveria ter suspendido o campeonato no final da primeira fase para que tudo isso fosse logo julgado", disse o goleiro Alexandre Fávaro. "O que nos mantêm ligados é o objetivo de levar o Paysandu para a Série B. Isso não nos foge, enquanto o Paysandu não subir não desistiremos", completou o jogador.

O camisa um do Papão lembrou que os clubes ganham outro problema que é a duração dos contratos. A maioria prepara os documentos de vínculo com os jogadores até a data final da competição, a qual pode ser adiada por conta dessas confusões. "Não sei até quando vai ter essa paralisação, se é que vai ter, prejudica o planejamento. Tem contratos que terminam em novembro, por exemplo, e tudo isso tem que ser levado em conta, temos que sair dessa Série C para que tudo isso fique para trás."

O centroavante Josiel garante que o elenco continua trabalhando forte, sem perder a concentração, mas admite que a incerteza que o time foi prejudicado com as idas e vindas da CBF e das justiças Comum e Desportiva. "Vivemos essa ansiedade de voltar o quanto antes para a Série B. Deu essa parada quando estávamos com a faca e o queijo nas mãos. Isso nos prejudica porque não sabemos quando e contra quem vamos jogar. Assistimos tudo isso de longe porque não depende da gente. Temos que continuar treinando para estarmos prontos quando for preciso", observou o jogador, que afirmou que prefere nem pensar tanto sobre o assunto. "Procuramos ficar neutros. Não adianta pensar muito nisso. Torcemos para que esses times sejam mantidos porque o acesso vai depender apenas da gente. Temos que manter a linha de treinos para não perder o foco."

Entenda o Caso - Ainda na primeira fase o Rio Branco, através da Justiça Comum, conseguiu que a Arena da Floresta fosse liberada para uma partida. A Fifa veda recursos a Justiça Comum antes de se esgotarem as instâncias desportivas. O clube foi excluído da competição e rebaixado, mas conseguiu uma liminar para permanecer na disputa. O julgamento no Pleno do STJD condenou o clube e recolocou o Luverdense-MT na Terceirona. O Rio Branco recorreu à Justiça Federal e voltou à disputa. Por enquanto.

**Fonte JAmazonia