domingo, 13 de novembro de 2011

É muita responsabilidade


Após o jogo do final de semana passado, quando Paysandu e Luverdense-MT empataram em 1 a 1, em Lucas do Rio verde (MT), o goleiro Alexandre Fávaro reclamou da dependência do time dos gols de Rafael Oliveira. E, quando o atacante não ia bem o Papão não sabia o que fazer. Ao mesmo tempo em que elogiou o companheiro, artilheiro bicolor na temporada, o camisa um ressaltou o óbvio: se a equipe ficar dependente de apenas um jogador vai facilitar sobremaneira para os adversários.

Os números de Rafael no ano impressionam. Em seu retorno à Curuzu depois de tempestuosa saída em 2007, quando teve problemas de indisciplina, marcou ao todo 26 gols em jogos oficiais, 19 no campeonato Paraense, um na Copa do Brasil e seis nessa Série C. Era para serem sete, mas o gol diante do Rio Branco-AC, na vitória de 2 a 1 na capital acreana, saiu da lista assim como o jogo foi anulado.

Nessa reta final de competição nacional a responsabilidade sobre seus ombros só fez aumentar. Josiel e Diogo Galvão deixaram o clube, o que deixou apenas ele e mais três como opções de ataque. Héliton é seu atual companheiro de setor e os suplentes têm sido Nenê Apeú e Zé Augusto. Como opção, o técnico Andrade tem testado também o meia Thiago Potiguar, em função semelhante a de Héliton.

Rafael conta que com o atual treinador o posicionamento mudou, mas que isso não tem sido problema. Antes, com Josiel ao lado, tinha que se movimentar mais pelos lados, embora, por cacoete, sempre acabava centralizando as jogadas, o que geralmente resultava em dois jogadores ocupando o mesmo setor do campo, o que deixava o time penso. Como somente ele dentro da área, muda também a percepção do jogo.

"Estou mais fixo na área e toco menos na bola. Por isso tenho que estar ligado sempre para aproveitar as chances. Não só eu como todo mundo, não? Não importa de onde venha o gol", afirma o atacante. Ele garante que o time não depende apenas dele, mas sabe de sua importância dentro do elenco e agradece a confiança dos companheiros. "O grupo me dá bastante confiança, os jogadores dizem que dependem de mim e precisam da minha ajuda, eu me dedico bastante porque isso me motiva mais ainda em fazer gols. Vou encarar esse jogo dentro de casa dessa forma, para fazer gols e ajudar meus companheiros."

Se Luverdense e América-RN empatarem hoje, em jogo isolado do Grupo E, o Papão ficará em condição muito boa para conquistar o acesso já na rodada que vem, quarta-feira no Mangueirão, diante do próprio time matogrossense. Depois de tantas idas e vindas, seria um final de ano recompensador. "As coisas têm que começar a dar certo para o Paysandu. Perdemos pontos, quase perdemos mando de campo e fomos prejudicados no tribunal. Isso não vai nos afetar porque estamos trabalhando muito. Almejamos esses três pontos como nunca", afirmou Rafael, que diz não se importar com a necessidades dos gols saírem dos seus pés. Mas reconhece que sonha com o gol do acesso. "O que importa é o acesso, mas seria legal fazer o gol do acesso. Ou, quem sabe, dar o passe para esse gol tão importante. O que importa é o Paysandu subir."


**Fonte JAmazônia 

Nenhum comentário:

Postar um comentário