Papão: o início da construção de um time

Cobranças, conversas e muitas orientações. Assim foi o segundo treino coletivo do Paysandu, ontem de manhã, na Curuzu, quando o técnico Nad deu muitos “puxões de orelha” aos jogadores, sobretudo por conta da má distribuição deles dentro das quatro linhas. Tudo isso com o objetivo de deixar o time bem ajustado para encarar o Nacional (AM), amanhã, às 20h, na Curuzu, última partida do Papão na temporada 2011 e a primeira da preparação dos bicolores visando as competições do próximo ano.

Mais que um simples amistoso, a disputa desta sexta-feira (23), para o volante Neto, será a primeira da carreira dele no time profissional. “A ansiedade existe, mas quem entrar tem de procurar se aplicar, lembrar do que foi trabalhado e jogar o que sabe. Se tiver vontade e determinação, a torcida vai gostar e apoiar”, aposta. Neto jogou por um período como zagueiro, então isso mudou um pouco a forma dele de jogar, mas Nad o orientou a atuar como fazia na época das divisões de base, se antecipando, saindo com calma e sem cometer muitas faltas. “Foi um conselho muito bom”, conta.

Entre as outras orientações passadas ao restante do grupo no coletivo de ontem, o treinador alviceleste pediu atenção específica para cada setor. “A gente tem de cobrar o posicionamento porque se você não for organizado taticamente, dentro de campo vai ter dificuldade, principalmente para marcar. Se o time não tiver bem, ele vai sofrer com isso, então é preciso estar bem arrumado para não dar espaço ao adversário, principalmente na costa da sua equipe”, enfatiza Nad.

Depois de folgar por mais de duas semanas, aos poucos o Papão recebe os primeiros ajustes para a formação da base do time que irá disputar o Campeonato Paraense 2012, desta vez com um grupo composto por atletas formados dentro do próprio clube, ao contrário de outros anos.

POUCO TEMPO...
O primeiro grande desafio do técnico Nad no comando do Paysandu é preparar o time em apenas vinte dias, tempo aproximado para a estreia dos bicolores no Campeonato Paraense 2012. Os jogadores acreditam que o prazo pode comprometer principalmente o entrosamento do grupo, mas por outro lado a maioria dos atletas atua no mesmo time há bastante tempo, já se conhece de outras competições, quando ainda era de outras categorias anteriores ao profissional.

Entre as exceções, o atacante Nenê Apeú começou a praticar futebol no Castanhal. Assim como Heliton, ele é um dos poucos do grupo que não cresceu com a garotada bicolor, mas garante conhecer bem os demais companheiros. Mesmo assim, ele acha que o Paysandu tem um tempo muito curto para trabalhar.

“Como viemos de férias, ainda estamos treinando a parte física, então fica até um pouco difícil para entrosar o grupo, mas o Nad já começou a trabalhar a equipe, o posicionamento. Vamos esperar o amistoso para ver como o time vai se comportar”, explica. O atacante diz ainda que a preparação bicolor iniciou um pouco tarde, mas também lembra que ele e os demais jogadores vêm de uma temporada intensa e, portanto, precisaram de férias.

O zagueiro Diego, que disputou a segunda divisão e a primeira fase do Parazão 2012 pelo Bragantino, também diz que o tempo é curto, mas ressalta que todos na Curuzu fazem o possível para correr contra o tempo. “Estamos nos empenhando, a diretoria também está se esforçando ao máximo. A gente está dando conta do recado, se Deus quiser vamos fazer um bom campeonato, embora tenhamos pouco tempo para montar o time”, confia

**Fonte DOL