Na maratona de jogos que o Paysandu se submeteu nesse início de Campeonato Paraense, o técnico Nad terá apenas hoje para trabalhar com todo o elenco antes da partida mais importante até aqui, o clássico de domingo contra o Clube do Remo. Ontem quem jogou em Marabá treinou de leve e amanhã é véspera do jogo, ou seja, nada de trabalho mais puxado. Pela manhã o treinador comandará um coletivo no campo do Kaza, em Ananindeua, para definir a equipe. Assim como foi nas rodadas anteriores, provavelmente com mudanças.
Os zagueiros Da Silva e Douglas e o meia Cariri podem ser as novidades entre os 18 relacionados, mas todos dependem da regularização na CBF para poderem entrar em campo. Além deles, o atacante Héliton luta pela chance de voltar ao time, mas voltou a treinar somente ontem depois de uma lesão e não tem a entrada garantida.
Mesmo com o pouco tempo de treinos e com entrosamento quase zero, é grande a possibilidade dos dois novos zagueiros ou pelo menos um deles começar o clássico de depois de amanhã. O setor defensivo vem encontrando muitas dificuldades nos primeiros jogos do campeonato. A procura do técnico é por mais experiência no setor defensivo.
Douglas, de 30 anos, pode fazer a estreia justamente num clássico. Para ele, além da ansiedade em vestir pela primeira vez a camisa bicolor, é um jogo que pode ser decisivo para o andamento do time no restante da competição. "Com certeza estou pronto. Disse isso ao professor, que se ele precisar de mim farei de tudo para ajudar o time a chegar a um bom resultado. Estou muito ansioso pelo clássico. Conheço o clássico pelas notícias e sei o quanto é importante. O Remo tem uma grande equipe e está num melhor momento, mas a nossa equipe também é forte e temos que dar alegria a essa torcida grandiosa", disse. "Sei da responsabilidade do jogo. A gente sempre escuta desse clássico. Todo jogador quer disputar uma partida como essa e se for bem vai para o céu, não para o inferno. Todo atleta gosta desse tipo de jogo", completou.
O zagueiro surpreendeu à comissão técnica quando se apresentou por estar bem fisicamente. Como vinha treinando no Esporte de Patos-PB, carece apenas de ritmo e entrosamento, mas se diz pronto para aguentar 90 minutos. "Foram poucos treinos aqui, mas vim de pré-temporada e fisicamente estou na melhor forma possível. Nunca joguei com o Da Silva, mas já o vi em campo. Com muita conversa a gente resolve essas coisas, além do mais não somos meninos, temos certa experiência e rodamos bastante. Com comunicação dá para superar esses problemas."
Douglas prega que para a zaga deixe de ser criticada o time todo tem que se unir, começar a marcação no ataque e evitar que o setor defensivo seja sobrecarregado. Ele lembra que só assim, com um futebol solidário, o Paysandu poderá dar o primeiro passo rumo ao acerto do time e ao retorno à disputa pelo primeiro turno. "A zaga é sempre crucificada porque nas imagens os gols só aparecem lá atrás. Mas dentro de campo são onze jogadores e se cada um se ajudar o time vai ficar bem. Se não for assim fica complicado."
**Fonte JAmazonia
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