Em semana de Re x Pa vale tudo? Até espionar os treinamentos do arquirrival? Em meio aos jornalistas e torcedores que acompanhavam o treino do Paysandu, ontem pela manhã, uma pessoa estava disfarçada e tinha a missão de acompanhar em detalhes cada movimento dos jogadores bicolores. O treinador Luiz Paulo Carioca foi enviado pelo técnico Flávio Lopes, do Remo, ao campo do Kaza, em Ananindeua, para observar o coletivo dirigido por Lecheva. Mas não adiantou. O treinador do sub-20 do Remo, que comandou a equipe azulina na Copa São Paulo de Juniores deste ano, estava de pé ao lado do gramado vendo, tranquilamente, o treino, quando descoberto por integrantes da comissão técnica do Papão
Informado da presença do treinador azulino, Lecheva pediu a funcionários do Paysandu que o espião fosse retirado do local. Em entrevista à rádio Liberal/CBN, Luiz Paulo afirmou ter ido ao campo do Kasa para cumprir ordens. "Eu trabalho para o Remo e fui lá cumprir ordens que recebi. Não foi nada de mais", minimizou. O treinador garantiu não ter sido hostilizado pelos rivais alviazuis. "Fui tratado muito tranquilamente pelo pessoal do Paysandu. Quando me reconheceram, vieram até a mim e pediram que eu saísse e eu, disciplinadamente, saí", contou.
A descoberta quase imediata do funcionário remista evitou que ele pudesse conhecer detalhes da estratégia montada por Lecheva para o Re x Pa de domingo. "Até tentei me disfarçar, com óculos escuros e boné, mas não deu. O pessoal me reconheceu logo no começo do treinamento. Só deu para ver o time de coletes, mas com certeza não é aquele que ele vai mandar a campo no domingo", declarou.
Na volta à Curuzu, após o coletivo, o treinador Lecheva procurou, de início, dar pouca importância ao ocorrido no campo do Kasa. "Acho que esse tipo de coisa não cabe mais hoje em dia, quando existe tanta tecnologia", disse. Mas adiante da coletiva, o comandante bicolor chegou a classificar a atitude dos azulinos como "comportamento antiético". Lecheva assegurou que jamais usaria deste artifício para tentar vencer uma partida. Ele salientou que os adversários já viram o Paysandu jogar diversas vezes, inclusive, contra eles mesmos e que não vai ser de uma hora para a outra que as coisas vão mudar. "O potencial de cada um dos nossos jogadores continua sendo o mesmo e a forma de jogo do time também", concluiu.
**Fonte JAmazonia
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