A CBF confirmou ontem que a Série D do Campeonato Brasileiro começa nesse final de semana, mas que a C continua sem previsão de início. Especula-se que o pontapé inicial da terceira divisão seja no dia primeiro de julho, mas o que não tem faltado nesse período de espera é especulação. Um encontro fechado, na sede da confederação, pode ter representado o fim da disputa com o Treze-PB. Participaram da reunião os presidentes do clube de Campina Grande (PB), Fábio Azevedo, José Maria Marín e o presidente da Federação Paulista de Futebol, Marco Polo del Nero. Hoje, o alvinegro ficou de dar a resposta à proposta que recebeu.
Sem tempo para que a Série C comece nos próximos dias, o técnico Roberval Davino admite que até nele o cansaço pela espera já começa a afetar o dia a dia. No entanto, garante que não está abatido, e sim chateado com a demora do início da competição nacional, o que, segundo ele, já começa a prejudicar a temporada.
"Chega a um determinado momento em que é preciso o objetivo final, que é o jogo oficial. Teria sido interessante ter o começo logo após o clássico com o Remo, seria o momento ideal. Infelizmente não foi. Estou sempre alertando os jogadores para que eles não percam o foco dos treinamentos. Tenho aproveitado esses dias para fazer outros tipos de treinos, mas que está sendo difícil, está", disse. "Minha preferência hoje é jogar, onde marcarem a gente vai. Sinceramente, estou no meu limite de treinar e não jogar. Mas, quando digo que chego ao meu limite é de trabalhar e trabalhar sem ofeedback. Essa indefinição é ruim para todos", completou Davino.
O treinador bicolor voltou a afirmar que não haverá amistoso nesse final de semana. Ele explicou que tecnicamente não há nenhum adversário que valha a pena enfrentar nesse momento e que, financeiramente, só se fosse mais um clássico, o que é inviável. "É chover no molhado. O que posso dizer além de treinar, treinar e treinar? Infelizmente não temos um jogo treino aqui que traga algum proveito. Para fazer um treinamento que traga uma boa resposta técnica teria que trazer alguém de fora. O Águia é nosso adversário e não seria viável."
Davino comentou que outra missão das mais complicadas nesse momento é manter todos os jogadores focados, inclusive evitando os assédios de outros clubes. Mas admite que a cada dia de espera a missão fica mais difícil. "Tem que mostrar aos jogadores as vantagens de ficar, além da convivência do dia a dia. Agora, o lado financeiro tem limite. Eles têm acreditado no projeto, mas é necessário que comece logo a competição, se não fica difícil manter a todos."
Capitão bicolor, o zagueiro Marcus Vinícius garante que os dias de treinos intensos deixaram o Paysandu num nível muito bom para o início da Série C - "Acredito que o time já esteja pronto para a estreia" -, e que parte desse entrosamento foi conseguido com muita conversa dentro do elenco. Ele revela que procura falar principalmente com os mais jovens sobre a atual situação do Campeonato Brasileiro e do próprio andamento da carreira deles.
"A gente conversa muito. Eu falo muito com o Thiago (Costa), que é um cara novo e de um potencial enorme. Ele tem que despontar para o futebol, crescer profissionalmente porque vai ajudar muito o Paysandu. Procuro conversar com ele porque é novo e qualquer erro para zagueiro pode ser fatal. Dou uns conselhos quanto a posicionamento, jogar duro. Converso mais com ele, mas tento orientar os mais novos em geral. O Vânderosn é outro que conversa bastante com a garotada", disse o zagueiro, que procura usar dos ensinamentos que teve quando também era um garoto em começo de carreira.
"Teve bastante gente. Não foram jogadores conhecidos. Eu sempre soube escutar para que evoluísse dentro do futebol. Estou sempre aprendendo e o que sei posso passar para a molecada, assim como estou aberto a críticas."
**Fonte JAmazonia
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