O esperado anúncio para ontem do início das Séries C e D do Campeonato Brasileiro para o próximo final de semana não foi realizado. A quarta divisão, que teoricamente não tem mais nenhum impedimento legal, tem mais chances de ainda ser confirmada. Ainda assim, pequenas. A terceira ainda vive o problema da liminar do Treze-PB na Justiça Comum, que a impede de ter início. Além da possível retaliação que deve vir da CBF, o clube paraibano ainda corre o risco de ser processado por Paysandu, Santa Cruz-PE e Fortaleza-CE.
Com o acúmulo de prejuízos financeiros, os três estudam uma ação de ressarcimento junto ao Treze. Os três foram prejudicados com a falta de renda dos jogos. Além disso, tiveram que pagar uma folha salarial mesmo sem partidas oficiais. Papão e Leão já teriam contabilizado prejuízo de R$ 500 mil cada, com o Coral tendo prejuízo bem maior, beirando R$ 1,2 milhão. Se a Justiça aceitar o pedido, o Treze pode ter todas suas contas bloqueadas, como retirados todos os seus bens móveis e imóveis, além das rendas vindas de patrocinadores.
Por enquanto, a diretoria bicolor consegue manter a folha em dia, mas o clube vê-se ameaçado caso não consiga evitar na Justiça Cível o bloqueio total de toda a renda de patrocínio de uma rede de supermercados, semelhante com o ocorrido com a verba vinda do Banco do Estado do Pará. "O dinheiro do Banpará é todo para a Justiça do Trabalho. Sobra o da Yamada e se for bloqueado não vou ter como pagar o pessoal daqui. Por isso acho que vamos conseguir esse desbloqueio", comentou o presidente Luiz Omar Pinheiro.
Após mais um dia infrutífero, o presidente da CBF, José Maria Marin, pronunciou-se pela primeira vez de forma oficial sobre o caso. Em um vídeo no site da entidade, ele foi contundente nas críticas contra o Treze, que segundo ele tem prejudicado mais de 60 clubes com uma alegação que seria uma "ofensa ao futebol nacional". A entidade tenta cassar a liminar que incluiu o clube da Paraíba, quinto colocado na Série D de 2011, na divisão superior.
"É uma situação bastante preocupante. São 60 agremiações praticamente paralisadas, que fizeram investimentos, porque determinados clubes foram à Justiça Comum quando existe uma justiça especializada. Agora uma única agremiação causa problema, uma sem o menor direito no campo da disputa como no de direito. Insiste em impedir o início do campeonato, causando um sério prejuízo ao futebol brasileiro", disse. "Não podemos aceitar que esses clubes sejam prejudicados por uma atitude isolada. É uma ofensa ao futebol brasileiro, a Justiça Desportiva e aos nossos filiados. A CBF não vai aceitar isso pacificamente", concluiu Marin.
**Fonte JAmazonia
Nenhum comentário:
Postar um comentário