Nas duas primeiras rodadas do Campeonato Paraense, o Paysandu passou por Luverdense (MT) e Guarany de Sobral (CE). E conseguiu mostrar um esboço de qualidade tática, técnica e, sobretudo, teve sabedoria para controlar momentos desfavoráveis.
Porém, jogando diante de quase 25 mil torcedores bicolores, pelo menos foi o público anunciado, o Papão não foi o mesmo encarando o Fortaleza (CE). Acabou sendo afoito: os jogadores carregavam, em demasia, a bola ou faziam ligações direta da defesa com o ataque. O centroavante Kiros disputava a bola e, em geral, perdia. A tática não é o que treina a diariamente a equipe de Roberval Davino. “Estar jogando em casa com mais de 20 mil pessoas, a gente querendo o resultado, sabíamos que poderíamos fazer o jogo, então em certas jogadas, precipitamos mesmo”, lamenta Fabinho, detectando o que pesou na derrota da última segunda-feira. “Tem dias em que as coisas não dão certo. Fizemos dois jogos bons, duas vitórias e ontem (segunda-feira) nós tivemos erros que não aconteceram em outros jogos, principalmente no primeiro tempo. Erros bobos, em bolas fáceis”, explica Fabinho. Ele se esquiva quando é incitado a falar sobre os companheiros. “Esse negócio de avaliação por nota é até difícil para mim como jogador. Mas eu digo que a equipe não fez uma má partida, lógico que em comparação aos outros dois jogos que fizemos deixamos a desejar”, frisa.
Após a queda, é comum a apreensão dos mais novos. E, aliás, para a partida contra o Santa Cruz (PE), já na próxima sexta-feira, Fabinho provavelmente deverá ser o único jogador acima de 30 anos em campo - a equipe estará cheia de atletas com menos de 25 anos. “É ter calma e assimilar a derrota e, lógico, não gostar de perder”, diz. Se algum jogador estiver cabisbaixo, nada melhor que outra partida. “Viemos de uma derrota em casa e já queremos jogar logo”, fala Fabinho. “Estamos sabendo que vai ser um jogo muito difícil lá, mas acontecendo um resultado positivo já apaga essa derrota”, acredita.
**Fonte DiáriodoPará/BOLA
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