Ousadia e alegria! O nome da música do cantor Thiaguinho, feita em homenagem ao atacante Neymar, é o lema do Paysandu, que viajou na manhã desta quarta-feira para Paragominas, local da partida do final de semana diante do Macaé, pela fase decisiva da Série C do Campeonato Brasileiro. O clima de descontração entre os jogadores bicolores marca o percurso de 300 quilômetros até a cidade do Sudeste paraense. Música, carteado e muita “avacalhação” com os companheiros para aguentar a viagem, que tem aproximadamente quatro horas de duração.
- No embarque é todo mundo quieto, porque acabou de acordar, mas quando entra no ônibus começa a palhaçada, com um mexendo com o outro. Quando um tenta dormir, o outro não deixa e assim vai levando a viagem toda na brincadeira. Os que não brincam muito, como o Marcus Vinicius, Fábio Sanches e o Vanderson, vão na frente, mais na deles. Já o resto fica no fundão do ônibus, fazendo aquela bagunça. Sobra até para as mães. O nome das mães dos jogadores sempre estão no meio das brincadeiras – se diverte o lateral-direito Yago Pikachu.
Uns cantam um pagode e até dançam dentro do ônibus, algo que, para o técnico Lecheva, é importante no momento em que o Papão busca o acesso para a Série B de 2013. Os mais "brincalhões" são Pikachu, Kiros e Potiguar. Aliás, foi o treinador que, em clima de brincadeira, definiu o tema “Ousadia e Alegria” como o lema do Paysandu até o momento do jogo contra o Macaé.
- A carreira de um atleta de futebol que defende um time como o Paysandu é cheia de pressão. Existe essa cobrança de todas as partes, então a gente tem que plantar essa alegria nos atletas, uma descontração que passa a ser essencial, principalmente nesse momento, onde estamos em busca de um objetivo que envolve milhões de torcedores. Por isso que o nosso lema é ousadia e alegria.
Fé e muita concentração
Por outro lado, existem os jogadores que “tentam” passar por momentos mais sossegados na hora da viagem, colocando um fone de ouvido e escutando música até o momento da chegada. Esse é o caso do volante Vanderson, que no auge dos seus 33 anos já passou por muitas “batucadas”, mas que agora prefere se reservar.
- Particularmente não gosto muito dessa brincadeira, mas eu tento levar na esportiva, porque é uma viagem longa. Prefiro mais assistir um filme. Lecheva e eu procuramos falar para esses jogadores que fiquem na alegria e levem isso pra dentro de campo, essa amizade, essa união que está fortalecendo ainda mais o time. Isso sem oba-oba, que tem que ficar somente com a torcida. Nós respeitamos muito o Macaé.
Existem também os chamados “Atletas de Cristo”, que procuram pregar a fé e se apegam na religião no momento decisivo da Terceirona, aproveitando o tempo livre para ler a Bíblia. No grupo bicolor, o volante Júnior Maranhão e o meia Alex Gaibú, evangélicos, costumam cantar hinos de louvores. Em respeito, os outros jogadores acompanham. Já Harison, católico, leva o seu “amuleto da sorte”.
- Levo um pedaço da corda de Nossa Senhora de Nazaré comigo para os jogos, para que ajude a abençoar minha vida. Que isso nos ajude a proteger o Paysandu de todo o mal nessa viagem e nessa partida que vamos fazer. Sempre que estou cabisbaixo ou alguma coisa não está acontecendo de bom, essa corda me dá a força que preciso – explica.
**Fonte GloboEsporte/PA
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