segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Paysandu consegue estacionar no G4 após a rodada


Jogos atrás, após uma sequência de empates, a grande maioria cedidos pelos bicolores, outro resultado igual seria catastrófico para a relação clube/torcida, contudo, graças a ele, lançado sob as bênçãos da virgem de Nazaré, aos 41 minutos do segundo tempo o Paysandu sai de campo ainda no G4, após o gol de empate em 1 a 1 com o Cuiabá.
Em campo, o Paysandu foi melhor, mesmo contra dois fatores de risco, o calor e o gramado, de péssima qualidade. Antes dos 10 minutos, o atacante Kiros já havia escorregado três vezes, enquanto Alex Gaibú viu seu desempenho desabar diante da temperatura na casa dos 40 graus, que obrigava os jogadores a se hidratarem a todo tempo.
Aos 16 minutos, o grandalhão Kiros quase abre o placar, não fosse o quarto escorregão no gramado. O Cuiabá fez uma sequência de faltas duras, uma com Marcelo Ramos, aos 17, levando cartão amarelo, e Everton Maradona. No entanto, a surpresa viria aos 23, após falha de Ricardo Capanema, o atacante Fernando surgiu por trás da defesa, e bateu rasteiro abrindo o placar. 
No segundo tempo, também temendo o pior, o técnico Lecheva queimou as três substituições, Rafael Oliveira, Lineker e Moisés entraram no lugar de Kiros, Alex Gaibú e Vanderson, respectivamente. O resultado foi imediato. O time ganhou velocidade e passou a explorar as laterais, com o apoio de Moisés como terceiro atacante.
O time apático deu vez ao Paysandu aguerrido. Os ataques fluíram. Aos sete minutos, Potiguar cobrou o escanteio, a bola sobrou na área, Marcus Vinicius tentou a primeira e Rafael Oliveira quase empata. O Papão ainda contou com a ajuda do árbitro, que não marcou pênalti de Marcus Vinicius no atacante Preto. E contra maré boa não há remo forte. O Papão conseguiu mais um de seus milagres aos 41 minutos do segundo tempo. Um bate-rebate na área do Cuiabá, e sem ninguém colado, Rafael Oliveira esperou a sobra de todos para empatar, Paysandu 1 a 1, e viva nossa Senhora de Nazaré.
Papão só acordou na etapa final 
O Papão até conseguiu um bom domínio de jogo, mas faltou entrosamento e até mesmo vontade, devido o forte calor. Esse espelho do primeiro tempo refletiu diretamente no ataque do Cuiabá, que, na primeira boa oportunidade, tratou de abrir a contagem.
Só depois, vendo seu esquema esbarrar na parede defensiva formada pelo técnico Luciano Dias, o jeito foi arriscar e tirar um volante para pôr outro atacante, então as coisas começaram a fluir, em especial após as três substituições. Rafael Oliveira conseguiu imprimir um ritmo de jogo, ao contrário de Kiros, jogador característico de área, que sem a precisão necessária, foi coadjuvante da maioria das cenas com Alex Gaibú. Para fechar a trinca do segundo tempo, Moisés e Lineker também deram as caras e ajudaram a formatar a nova versão ofensiva bicolor, bem melhor e mais entrosada do que o ataque inicial, arrancando bons elogios do técnico Lecheva.
“Esses eram justamente o que nós pedimos. O Lineker é jovem, entra com todo gás, tem boa movimentação e domínio de bola, era isso que esperava dele. Auxiliou na parte de criação, recompondo o meio campo e ajudando na marcação, principalmente depois que eu tirei o Vanderson e ficamos só com um volante, que era o Capanema. Era necessário arriscar um pouquinho mais para conseguir o empate”, explica o técnico.
**Fonte Diário do Pará

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