Na manhã desta segunda-feira (21), a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) confirmou a mudança das partidas do Paysandu Sport Club até o fim do Brasileiro da Série B, já que a Curuzu foi interditada por, no mínimo, 30 dias, devido ao vandalismo promovido por torcedores do Papão logo após o segundo gol do Avaí-SC no jogo da sexta-feira (18).
Além de ter perdido temporariamente o direito de realizar partidas no estádio Leôndas Castro, o presidente do Paysandu, Vandick Lima, está com medo que o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) aplique uma punição severa ao Papão ainda nesta Série B e que pode prejudicar a equipe na tentativa de escapar do rebaixamento para a Série C.
Segundo o mandatário alviazul, o departamento jurídico está tentando postergar ao máximo o julgamento pelo STJD. 'A nossa tentativa, a princípio, é empurrar o julgamento para depois do fim do campeonato, porque uma punição agora, com o Paysandu jogando sem o apoio de sua torcida, poderá ser crucial para as nossas pretensões de permanecer na Série B', explica Vandick.
Na penúltima posição na segunda divisão nacional, o Bicolor paraense não demostra ao longo da competição uma consistência tática e técnica de seus jogadores, não conseguindo vencer, pelo menos, duas partidas consecutivas e por isso disputa posições na parte de baixo da tabela de classificação. Para parte da torcida alviazul e da imprensa esportiva, Vandick Lima é o principal culpado pela equipe não corresponder às expectativas. Só que para o presidente, o Paysandu não vive só dos resultados de campo, mas também de uma administração sóbria e que não lesa o patrimônio do clube. 'Sou o presidente, (a culpa) vai cair sempre em cima de mim. O Paysandu vem fazendo muita coisa que há muito tempo não fazia - pagar salários em dia, pagar seus fornecedores, pegar os encargos, fazer uma academia, dar condição de trabalho e de jogo aos atletas e comissão técnica como há muito tempo não dava. Mas, se o time não ganhar, está tudo errado', lamenta o presidente.
Faltando somente seis rodadas para o fim da temporada, a equipe paraense é uma das mais cotadas ao rebaixamento para a terceira divisão. Vandick Lima acredita que o técnico Vagner Benazzi e o elenco têm condições de reverter este quadro desfavorável para o Papão. 'Tem que acreditar. Nós temos hoje 27 jogadores mais os goleiros. É um grupo que dá para trabalhar com tranquilidade, mas eu reconheço que agora ainda não temos que estar questionando isso ou aquilo. Temos que ir com esses grupo até o final, dar todo o apoio e esperar que eles tenham a competência e nos livrar desse rebaixamento'.
Quanto à permanência do lateral-esquerdo Gilton, que saiu do jogo contra o Avaí como um dos vilões do Paysandu ao errar uma jogada no campo defensivo que culminou no primeiro gol catarinense, o presidente bicolor revela que o atleta não será mais integrado ao grupo e que a diretoria o chamará para conversar para tentar encerrar o contrato de forma amigável. 'A situação dele ficou ruim. É bom que se diga que ele não foi o único culpado pela nossa derrota. Mas, depois daquele lance infeliz, o torcedor passou a pegar no pé e acreditamos que ele ficou sem o clima para ficar treinando e jogando na Curuzu. E sendo assim, até mesmo pelo que o Benazzi já me passou - não tem como utilizá-lo até o fim do campeonato - Vamos conversar com ele. Se a gente chegar em um acordo ele vai embora, senão ele vai cumprir o seu contrato até o final', conta Vandick, determinando que uma queda para a terceira divisão atrapalhará bastante o Paysandu nos próximos anos. 'Muito ruim para começar o ano que vem na Série C, eu acho que o Paysandu alcançou um nível de estar na Série B. Temos que lutar com todas as forças para permanecer', conclui.
**Fonte Portal ORM
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